Distribuição é desordenada

Em nível estadual, a distribuição física dos postos de coleta do Pão e Leite é ainda mais desordenada, com pequenos municípios sobressaindo-se em número de postos em relação a municípios de maior porte. Exemplo disso é a cidade de Araruna, localizada no Agreste paraibano.

Com uma população de 18.879 habitantes, em uma área de pouco mais de 245 quilômetros quadrados (km²), a cidade possui 18 pontos de entrega do programa, sendo a terceira cidade com maior recebimento do auxílio no Estado. São 1.191 famílias que recebem cerca de 1.200 litros de leite e mais de 96 quilos de fubá diariamente.

Araruna só fica atrás de João Pessoa e Campina Grande, que possuem, respectivamente, 723.515 e 385.213 mil habitantes, e o primeiro e segundo lugares no ranking. Seguindo o caminho contrário do município de Araruna, a cidade de Patos, que possui 473 km² de extensão territorial e 100.674 habitantes, ocupa o 5º lugar no ranking das cidades a receber o benefício, com sete postos de entrega do benefício.

O presidente da Fundação de Ação Comunitária (Fac), Ramalho Leite, que coordena o programa no Estado, explicou que a discrepância entre os municípios é resultado de ações governamentais passadas. “Os postos em Araruna foram implantados pelo Governo de José Maranhão, que é nascido em Araruna. O que nós fizemos foi manter os postos, não íamos fechar o que já estava aberto ”, disse.

O programa Pão e Leite está presente desde 2003 na Paraíba, e atinge todos os 223 municípios do Estado. No total, são 120.178 famílias cadastradas, recebendo em média 20.654 pães, 96.424 fubás, 106.678 litros de leite bovino e 13.490 litros de leite caprino.

Os cadastramentos e recadastramentos são realizados por agentes sociais, que visitam as comunidades, e, de casa em casa, analisam as carências dos moradores.