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VIDA URBANA

Doações de leite materno caem 45% em três anos na Paraíba

Todos os seis bancos de leite humano da PB operam com déficit, revela diretora do Anita Cabral .

Publicado em 11/03/2016 às 8:28

Centenas de bebês que nasceram prematuros na Paraíba ou que, por alguma razão, não estão conseguindo se alimentar normalmente, precisam de leite materno. No entanto, mesmo que a necessidade seja tão comum quanto o nascimento desses pequenos, as doações aos bancos de leite no Estado não estão sendo suficientes. Isso porque a quantidade de doadoras e de leite coletado vem diminuindo nos últimos anos. Em 2013, foram 8.134 litros de leite coletados, quantidade que caiu 45%, indo para 4.470 no ano passado, segundo os dados da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano.

O número pode até parecer alto, mas não é, já que conforme a diretora do Centro Estadual de Referência para Bancos de Leite Humano Anita Cabral, em João Pessoa, Taíse Ribeiro, todos os seis bancos de leite humano funcionando no Estado operam com déficit na demanda. Em 2014, 6.810 mulheres doaram leite, contra 4.151 em 2015. “As doações têm diminuído e o nosso desafio diário é conseguir manter o estoque suficiente. Contudo, hoje podemos garantir que 80% dos bebês que precisam de leite humano no Estado estão sendo assistidos graças às doações”, disse Taíse Ribeiro. Em 2016, do início do ano até agora, a Paraíba coletou, através de 293 doadoras, 402,7 litros de leite humano.

Enfermeira e coordenadora do Banco de Leite Zilda Arns, no Instituto Cândida Vargas, na capital, Daniele Maciel, relata que o ideal seria coletar cerca de 80 litros por mês, mas que hoje essa quantidade mal chega a 40 litros. “Não estamos conseguindo fazer estoque, é uma luta diária para captar novas doadoras e manter a doação estável, até porque muitas mulheres se sensibilizam com a causa, mas não permanecem doando”, disse.

Em Campina Grande, a enfermeira Gabriela Cordeiro, do Banco de Leite, destaca que a captação de doadoras exige um esforço permanente na sensibilização das mães para que elas fiquem atentas à possibilidade de contribuir com o serviço. “Queremos lembrar que é possível, com a doação de um pouco de leite materno, ajudar na recuperação de outras crianças”, lembrou. Na unidade estão cadastradas atualmente 103 doadoras, entre internas e externas, e mesmo com a coleta de em média 90 litros mensais, a necessidade é uma constante. “Sempre precisamos, o estoque vive no limite”, destaca.

Na cidade de Patos, Sertão, a bioquímica do Banco de Leite, Faldrecya Borges, afirma que a realidade acompanha a dos demais municípios, principalmente porque a maternidade ganhou uma UTI neonatal, o que aumentou a demanda pelo líquido. “Nosso estoque está pequeno para a demanda e por isso temos que dar preferência à UTI e à unidade intermediária”. A unidade conta atualmente com 34 doadoras ativas e coleta mensalmente cerca de 70 litros, só que cerca de 30% não passa no controle de qualidade. Em Guarabira, no Brejo, o problema se repete, disse a coordenadora do Banco de Leite, Daniele Meireles, com a diferença de que como a demanda é menor, a situação é menos crítica. “Nosso maior problema é nos períodos de festas e viagens”.

Coleta externa

Para doar leite não é preciso ir até o posto de coleta. Após o agendamento, via telefone, uma técnica do banco de leite recolhe o material em casa, e orienta as mães sobre a retirada e armazenamento. Outra forma de contribuir é doando frascos de vidros (embalagens de café instantâneo ou maionese), que são utilizados para a coleta e armazenamento do produto disponibilizado às maternidades. Uma das mães que optou por esse tipo de ajuda foi a funcionária pública Maria Rocha. Aos 32 anos, ela teve seu primeiro filho e ao perceber que estava com excesso de leite entrou em contato com o Banco para doar. “É algo recompensador, que indico para que quem puder, também faça porque é emocionante e extremamente necessário”, disse.

saiba mais

Conforme a diretora do Centro Estadual de Referência para Bancos de Leite Humano Anita Cabral, Taíse Ribeiro, não existe nenhuma restrição ou contraindicação do Ministério da Saúde no sentido de que mães que apresentaram sintomas de doenças relacionadas ao mosquito Aedes aegypti não possam doar, já que elas devem amamentar.

BANCO DE LEITE HUMANO NA PARAÍBA

Cajazeiras
Hospital Regional Deputado José de Sousa Machel
Tel.: 3531-3563

Guarabira
Hospital Regional de Guarabira Antonio Paulino Filho
Tel.: 3271-2083

João Pessoa
Banco de Leite Humano
Anita Cabral
Tel.: 3218-4957
Banco de Leite Humano
Dra. Zilda Arns
Instituto Cândida Vargas
Tel.: 3015-1555

Campina Grande
Banco de Leite Humano Dr. Virgílio Brasileiro
Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA)
Tel.: 3310-6356

Patos
Banco de Leite Humano Dra. Vilani Kehrle
Maternidade Dr. Peregrino Filho
Tel.: 3423-2157

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Jornal da Paraíba

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