VIDA URBANA
Docentes cruzam os braços na UFCG
Principal reivindicação dos docentes é a luta pela data base dos servidores, segundo a Associação dos Docentes da UFCG.
Publicado em 18/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 18/07/2023 às 14:33
Os 1.400 professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) também irão aderir à paralisação nacional convocada pela Andes para amanhã. Mais de 18,5 mil alunos ficarão sem aulas em todos os sete campi da instituição.
Uma assembleia geral será marcada para o final deste mês, e pode decidir por greve da categoria por tempo indeterminado. Hoje o Colegiado Pleno do Conselho Universitário também se reúne, para discutir a adesão do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UFCG (ADUFCG), professor José Irelanio Ataíde, a principal reivindicação dos docentes é a luta pela data base dos servidores.
“São várias reivindicações que fazem alusão a alguns acordos estabelecidos após a greve de 2012. A luta pela paridade dos ativos, aposentados e pensionistas e a luta pela reestruturação da carreira são pautas vigentes. No final de março teremos novas rodadas de assembleias, quando iremos definir que estratégias vamos desenvolver”, completou.
Já os servidores, cerca de 1.200 conforme Maelson Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba da UFCG (Sintespb/UFCG), realizarão assembleia geral amanhã.
“Somos 180 mil funcionários da educação no Brasil, a grande maioria já está em greve, vamos analisar as reivindicações e definir os rumos do movimento. Entre as reivindicações, iremos discutir o aprimoramento da nossa carreira”, disse Maelson.
REITOR PRETENDE VOTAR HOJE ADESÃO À EBSERH
O reitor da UFCG, professor Edilson Amorim, tentará votar hoje, em reunião do Colegiado Pleno do Conselho Universitário, no auditório do Centro de Extensão José Farias, a adesão do HUAC à Ebserh, mas ele ponderou que a decisão poderá ser adiada mais uma vez.
“Estamos encaminhando a proposta de adesão. Alguns professores e estudantes são contrários, mas a médio e longo prazos esta é a forma de resolver a questão de contratação de pessoal”, afirmou.
Ontem, representantes da ADUFCG, do Sintespb/UFCG e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) se reuniram no período da manhã em assembleia, que também aconteceu no auditório, para discutir a posição da comunidade acadêmica sobre a proposta de adesão à empresa hospitalar.
“A UFCG quer entregar os hospitais para a Ebserh e isso representa uma forma de privatização porque a Ebserh é uma empresa pública de direito privado", disse o presidente da ADUFCG, professor Irelanio Ataíde.
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