VIDA URBANA
Docentes decidem hoje se param atividades
Paralisação será definida a depender do resultado da reunião do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado da Paraíba.
Publicado em 27/04/2012 às 6:30
Os professores da rede particular de ensino da Paraíba decidem hoje se entram em greve por tempo indeterminado. Caso isso ocorra, dez mil educadores de escolas de ensino fundamental médio e superior, incluindo creches e berçários, deixaram cerca de 150 mil alunos de escolas particulares do Estado sem aulas, com exceção de Campina Grande, que tem sindicato próprio.
A paralisação será definida a depender do resultado da reunião do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino Privado da Paraíba (Sinteenp-PB) com o Sindicato das Escolas Particulares da Paraíba (Sinep-PB), que será realizada às 10h, na Superintendência Regional do Trabalho da Paraíba (SRT-PB). As aulas não serão paralisadas.
Segundo o coordenador da Sinteenp, José Avenzoar Arruda, existem alguns pontos que são considerados inegociáveis pelos trabalhadores e outros que até podem ser objetos de negociação, mas não como os donos de escolas querem.
Um dos pontos de discordância entre os dois sindicatos é referente ao reajuste nos salários dos trabalhadores. O Sinteenp cobra um reajuste de 15%, enquanto o sindicato patronal pretende oferecer um aumento de apenas 4%, abaixo do valor da inflação no ano passado, que segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV) fechou 2011 em 6,36%.
Outra questão diz respeito à redução das férias, com a inclusão do período junino na contagem do período de recesso escolar. “Eles querem incluir o recesso de São João dentro do período de férias e isso não aceitamos”, afirmou a diretora-geral do Sinteenp-PB, Ana Júlia Soares Cardoso
Em assembleia geral realizada ontem, os professores avaliaram o resultado de uma mesa de negociação que aconteceu na última quinta-feira, no qual foi apresentada a proposta dos estabelecimentos de ensino para as categorias.
O presidente do Sintep, Odésio Medeiros, não acredita que as categorias não cheguem a um consenso. “Vamos conversar sobre os detalhes. O único problema que eles questionam é que mantivemos no acordo as férias coletivas para coincidir o calendário com os festejos juninos e eles discordam. Com relação ao número de turmas, vamos manter a cláusula porque a quantidade atende às exigências do Ministério da Educação (MEC)”, afirmou.
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