VIDA URBANA
Doença é considerada rara e costuma provocar amputação
Publicado em 06/11/2011 às 6:30
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O câncer de pênis é considerado raro (2,9 a 6,8 casos por 100 mil habitantes) e costuma provocar mutilações. De acordo com um levantamento recente da Sociedade Brasileira de Urologia, mais de mil pênis são amputados todos os anos. O médico Stênio Zequi destacou que “nos casos avançados, a amputação parcial ou total do pênis é quase inevitável”.
Segundo ele, “quando células cancerosas atingem a virilha e o abdome, são necessárias cirurgias de ressecção de tecido linfático, com elevada morbidade”. A falta de higiene é uma forte vilã e pode causar a doença. A presença de fimose também. As duas situações estão associadas com acúmulo de secreções na glande ou em outras regiões do pênis, o que causa uma inflamação crônica que pode trazer como consequência o tumor.
A doença é mais frequente nas regiões Norte e Nordeste e atingem principalmente homens com mais de 50 anos.
A maior incidência desse tipo de câncer é proveniente da zona rural, em regiões pobres, onde a prática se tornou comum e até levada como 'brincadeira de adolescente'. A resistência do homem em ir ao médico é outro problema que dificulta o diagnóstico precoce. “Ele leva seis meses ou mais para receber o diagnóstico, pois em geral o acesso à saúde nessas regiões é muito limitado, levando a atraso na biópsia, somados ao fato que muitos pacientes têm vergonha do assunto”, disse Zequi.
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