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VIDA URBANA

Dom Aldo se defende de denúncias e faz citação bíblica sobre salvação

Arcebispo classificou de boatos as acusações feitas por padres e citou na nota: "É na calma e na conversão que está a vossa salvação".

Publicado em 01/09/2015 às 8:16

Após reportagem publicada na edição do último domingo de que o arcebispo dom Aldo Pagotto estaria proibido de ordenar novos padres e diáconos, a Arquidiocese da Paraíba emitiu, ontem, uma nota oficial desmentindo as denúncias feitas por padres ao JORNAL DA PARAÍBA. Assinada pelo próprio arcebispo, a nota afirma que as denúncias são caluniosas. Pagotto destaca que “desprovido de provas documentais, deve ser negado, porquanto, não há como responder à série de boatos acusatórios”.

Contudo, é importante ressaltar que, também ontem, a reportagem voltou a conversar com os padres denunciantes (que afirmam representar cerca de 100 religiosos) e eles reafirmaram todas as denúncias, inclusive alegando ter documentos e relatórios que comprometeriam a gestão de dom Aldo à frente da arquidiocese, onde está há 11 anos. O JORNAL DA PARAÍBA pediu aos padres cópias desses documentos, mas eles explicaram que, por normas da Igreja Católica, é proibido tornar públicas as provas de processo em andamento na Nunciatura Apostólica.

“Temos os documentos, incluindo cartas, que provam o que denunciamos contra o arcebispo. Infelizmente não podemos permitir que se façam cópias porque isso seria um erro imperdoável de nossa parte. Queremos afirmar que toda a documentação está na Nunciatura Apostólica, responsável pelas investigações das queixas contra dom Aldo”, frisou.

Em contrapartida, o arcebispo afirmou, na nota, que mantém comunicação transparente junto à Nunciatura Apostólica, “única instância legitimamente constituída e autorizada para encaminhar oportunamente questões eclesiásticas de foro interno”. Pagotto finalizou a nota com uma citação bíblica, que fala em calma, conversão, silêncio e esperança.

Na reportagem do último domingo, o JORNAL DA PARAÍBA trouxe as denúncias dos padres sobre a suposta proibição do sacramento da ordem pelo Vaticano ao arcebispo e de mandar seminaristas para outros estados. Na ocasião, a reportagem ouviu Pagotto e a Arquidiocese da Paraíba, e ambos negaram todas as denúncias. Foi informado também que as ordenações estão acontecendo normalmente, sendo a última delas em dezembro. A próxima, segundo a arquidiocese, não tem data prevista para ser realizada.

A reportagem tentou, mais uma vez, contato com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que recomendou procurar o Regional Nordeste 2, em Pernambuco. No Regional, a informação recebida foi que o bispo dom Genival Saraiva de França, o único autorizado a falar, não se encontrava no local. Por fim, a reportagem ligou para a Curia de Pernambuco e procurou a assessoria de imprensa, mas o expediente já havia sido encerrado.

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Jornal da Paraíba

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