VIDA URBANA
Dom Manoel Delson é anunciado como novo Arcebispo da Paraíba
Religioso, que estava na Diocese de Campina Grande, toma posse no dia 20 de maio.
Publicado em 08/03/2017 às 8:14
O Vaticano confirmou nesta quarta-feira (8) o nome de Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz como novo Arcebispo da Paraíba. A informação foi confirmada por Dom Genival Saraiva de França, que está atuando como Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba. A posse de Dom Delson, que atualmente é bispo da Diocese de Campina Grande, está marcada para o dia 20 maio.
Dom Genival disse que recebeu a notícia da nomeação do arcebispo através de um comunicado do Núncio Apostólico Dom Giovanni d'Aniello, ainda no dia 20 de fevereiro. “ Tenho a satisfação de lhe comunicar oficialmente que o Santo Padre Francisco nomeou Arcebispo dessa vacante Arquidiocese da Paraíba o Excelentíssimo Dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap., transferindo-o da sede episcopal de Campina Grande”, diz a comunicação .
Dom Delson nasceu em 10 de julho de 1954 na cidade de Biritinga, na Bahia. Ele estudou Filosofia e o início da Teologia no Seminário São Francisco de Assis em Nova Veneza (SP) e concluiu os estudos teológicos no Instituto de Teologia da Universidade Católica de Salvador (BA). É mestre em Ciência da Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Salesiana de Roma e graduado em Letras pela Universidade Católica de Salvador.
Foi ordenado sacerdote no dia 5 de julho de 1980 na Arquidiocese de Feira de Santana (BA) e na mesma arquidiocese, em 24 de setembro de 2006, recebeu sua ordenação episcopal. Foi acolhido na diocese de Caicó no dia 8 de outubro daquele ano e permaneceu até agosto de 2012, quando foi nomeado bispo de Campina Grande.
Dom Manoel Delson vai ser o 7º Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese da Paraíba.
Dom Delson estava na Diocese de Campina Grande desde 2012 (Foto: Leonardo Silva)
Saída polêmica
Dom Manoel Delson vai substituir Dom Aldo Pagotto, que deixou a Arquidiocese da Paraíba em julho de 2016, envolto em uma série de polêmicas. Ele estava pressionado por denúncias envolvendo seu nome em práticas de exploração sexual de menores, que contavam com a participação de diversos. Ele ficou 12 anos no posto e desde a sua saída a Arquidiocese estava sendo administrada interinamente por Dom Genival.
Devido a um processo no Vaticano, Dom Aldo estava inclusive proibido de ordenar padres e diáconos e de receber novos seminaristas. Vários representantes da Santa Sé estiveram em João Pessoa para colher maiores informações para a investigação.
Ao renunciar, Dom Aldo divulgou uma carta aos fiéis paraibanos onde não cita abertamente a investigação contra ele. Ele colocou como principal motivo para a decisão problemas de saúde.“Tentei doar o melhor de mim mesmo, não obstante as sérias limitações de saúde, ademais das repercussões no equilíbrio emocional, causadas pela constante necessidade de superar conflitos inevitáveis, advindos de reações ao meu modo de ser e de agir”, afirma. Em junho de 2011, o bispo tinha iniciado um tratamento contra um câncer de próstata.
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