VIDA URBANA
Donos de quiosques acumulam prejuízos no Açude Novo
Perto de completar um ano da proibição da venda de bebidas alcoólicas nos quiosques do Açude Novo comerciantes contabilizam prejuízos.
Publicado em 06/04/2012 às 7:00
Próximo a completar um ano da proibição da venda de bebidas alcoólicas nos quiosques do Parque Evaldo Cruz (Açude Novo), no próximo dia 25 de maio, os comerciantes da localidade ainda contabilizam os prejuízos após a determinação do Ministério Público. Ao longo desses quase 11 meses, os comerciantes que ainda estão trabalhando no local apontam como maior dificuldade o veto do órgão, que recomendou a Prefeitura de Campina Grande a fiscalizar os bares e lanchonetes para não comercializarem bebidas que contém álcool, ou invés de pelo menos flexibilizar o horário de comercialização.
É o que aponta Severino Ramos, 58 anos, que há 20 trabalha no espaço e garante que desde que todos foram proibidos de vender bebidas alcoólicas, têm tido prejuízo todos os meses. “Eu entendo que eles estão preocupados com a violência, mas isso só acontecia de madrugada. Eu acho que se eles proibissem a venda só à noite, diminuiria a violência e não atrapalhava o comércio”, disse o comerciante que abre seu estabelecimento às 6h e fecha às 18h.
“Tem gente que fechou o quiosque porque não tinha nem como pagar a conta de energia. Agora, se eles liberassem para vender só durante o dia, seria melhor. Vem muita gente boa almoçar e jantar e que gosta de beber uma cerveja, sem fazer bagunça nem agredir ninguém”, afirmou o comerciante que diz ter um prejuízo considerável no fim de cada mês. “Desde essa proibição, todo final de mês é a mesma coisa. Eu chego a ter um prejuízo de quase R$ 2 mil. A sorte que ainda temos uma economia, e vamos nos mantendo com o pouco que ganhamos”, apontou.
Para o procurador de Campina Grande, Fábio Thoma, essa determinação continuará sendo mantida, uma vez que a recomendação do Ministério Público versou acerca da segurança que é necessário haver no local, uma vez que a venda de bebidas alcoólicas proporcionava um aumento no número de casos dessa natureza. “A proibição segue em vigor, e vamos continuar com a fiscalização regular nos quiosques. A Secretaria de Obras está encarregada desse papel e vamos manter regulamentando essa prática para manter o controle da violência”, apontou.
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