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VIDA URBANA

Downs ainda lutam contra o preconceito

Dia Internacional da Síndrome de Down é marcado pela luta contra o preconceito.

Publicado em 22/03/2012 às 6:30


As estimativas das entidades que prestam assistência aos portadores de necessidades especiais apontam que dos 3,7 milhões de paraibanos, 17% deles apresentam algum tipo de deficiência. Se esse número é considerado alto, maior ainda é a barreira que essas pessoas e seus familiares precisam vencer para ter condições de levar uma vida igual às outras pessoas. Em celebração ao Dia Internacional da Síndrome de Down, ontem, várias instituições aumentaram o coro contra o preconceito aos portadores dessa alteração genética.

É o que espera a dona de casa Marinalva Barbosa, 52 anos, moradora do bairro do Cruzeiro, que há 13 anos deu à luz o filho Daniel Barbosa. Sem informações sobre o que representa a síndrome de Down, Marinalva contou que no início ficou chocada já que de antemão os próprios funcionários do hospital onde seu único filho nasceu não se preocuparam a explicar o que significava a síndrome que Daniel tem. “Primeiro o médico me disse que ele tinha um problema nos olhos, mas depois uma enfermeira disse que ele era mongoloide. Eu fiquei sem entender, e só quando levei até uma pediatra foi que ela me explicou toda a situação”, contou.

Antes de completar um ano, Daniel frequenta a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campina Grande que apareceu como uma fortaleza para que mãe e filho encontrassem abrigo para vencer o preconceito. “Nós já sofremos muito com o preconceito das pessoas. Todo mundo ficava chamando ele de doente, que ele não podia fazer nada, mas hoje eu vejo que eles se enganaram. Meu filho faz tudo o que outro da idade dele que não tem Down faz”, acrescentou Marinalva.

Quem reforçou que os portadores de síndrome de Down podem levar uma vida como as outras pessoas é Ednalva Barreto. Com 31 anos, a aluna da Apae é portadora de down, mas garante que faz tudo o que garotas da sua idade fazem. “Eu estudo, gosto muito de matemática e converso com meus colegas. Adoro escrever e minha professora é muito legal”, contou Ednalva, que mora no bairro de José Pinheiro.

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Jornal da Paraíba

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