VIDA URBANA
Edson Ramalho faz acordo para não interromper atendimento aos pacientes
Solução para a precariedade da assistência serão apresentadas na segunda-feira (21).
Publicado em 18/09/2020 às 10:20 | Atualizado em 18/09/2020 às 13:42
O Ministério Público da Paraíba obteve o compromisso de gestores da Saúde do Estado de que o Hospital Edson Ramalho não interromperia o atendimento aos pacientes. O chamamento ministerial dos envolvidos foi feito após o Conselho Regional de Medicina (CRM) comunicar ao MPPB que o hospital restringiria serviços, a partir desta sexta-feira (18), por causa da superlotação.
Também foi diagnosticado problema na Central de Regulação do Município e ficou acordado que, na próxima segunda-feira (21), os gestores das secretarias estadual e municipal de Saúde apresentariam as ações que deverão ser tomadas nos próximos dias para resolver o problema da precariedade da assistência verificada pelo CRM, na unidade.
Procurada, a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde da Paraíba confirmou que nenhum serviço de urgência vai fechar as portas e informou também que a Secretaria já iniciou conversas para realinhamento da rede de urgência e emergência da Região Metropolitana da capital, numa ação que vai envolver também as secretarias municipais de saúde da região. A reportagem também procurou a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa, que informou que "segue dialogando com o Hospital Edson Ramalho e com a Secretaria Estadual da Saúde (SES) sobre o fluxo de atendimentos de pacientes".
O diretor de Fiscalização do CRM, João Alberto, relatou que, durante inspeção na unidade, verificou uma “situação de desantendimento, de desespero de médicos” da unidade. Segundo ele, os relatos chegam a comover, a exemplo de um atendimento a paciente com parada cardíaca feito no chão da unidade por falta de leitos. Ele também disse que a situação no Edson Ramalho tem se agravado devido à “deficitária Regulação Municipal” e que verificou três pacientes infartados, que não estavam recebendo o tratamento devido, por falta de regulação.
O médico disse que a preocupação maior era com os pacientes cardiológicos que precisam receber o atendimento devido nas primeiras horas de chegada ao hospital, sob risco de terem sequelas. Ele também ressaltou que a situação do Edson Ramalho não era isolada, mas reflexo de uma saúde que não estava funcionando bem.
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