VIDA URBANA
Efeitos atingem solo e reservatórios
Açudes secos são substituídos pelos poços artesianos, que se multiplicam para abastecer a população paraibana.
Publicado em 03/06/2012 às 19:01
Não é apenas o homem que sofre com a estiagem prolongada, mas também o solo paraibano, ressecado e batido. Em alguns locais, a terra árida é totalmente rachada pelo sol que não dá trégua. Em outros, quilômetros e mais quilômetros de plantações de milho e feijão totalmente desperdiçadas pela escassez das chuvas. Mesmo nos poucos hectares de terra onde se utilizam sistemas de irrigação, a safra foi quase completamente perdida.
Os açudes secos são substituídos pelos poços artesianos, que se multiplicam na tentativa de encontrar água para abastecer, o mínimo possível, a população paraibana. A solução nas situações de emergência é comprar galões de até 20 litros, que chegam a ser vendidos pela módica quantia R$ 0,50 cada, a título simbólico.
Segundo o funcionário público municipal José Francisco, em Aparecida, Sertão do Estado, um caminhão de pequeno porte, carregado com cerca de 20 galões, custa “apenas” R$ 10 – valor que não chega a ser nem um pouco irrisório devido à demanda.
O agricultor Antônio Pedro da Silva, de 65 anos, tem seu próprio sítio, mas, devido à escassez, trabalha para terceiros. No sítio Catolé, entre as cidades de Patos e Condado, ele ganha seu sustento arando a terra alheia. “Essa época já devia ser de colheita, mas a terra não tem a menor condição de plantar. Já são seis meses sem chover. Mas a gente ainda tem sempre esperança de chuva. Pretendo plantar milho e feijão no mês que vem, se Deus quiser”, assegurou.
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