icon search
icon search
icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

'Ele era uma pessoa sorridente, amiga', diz ex-treinador de paraibano acusado de terrorismo

Muçulmano teria sido afastado da mussala por começar a apresentar posições radicais em relação ao islã. 

Publicado em 22/07/2016 às 10:10

"Aqui na academia, ele era uma pessoa comunicativa, sorridente, altamente amiga", diz o ex-campeão Muhammad Al Mesquita, proprietário da academia de boxe Mesquita's Brothers, onde também funciona a mussala (sala de oração, para muçulmanos), que era frequentada por Antonio Andrade dos Santos Júnior (Ahmed Al-Falluji), de 34 anos, preso na Paraíba pela Polícia Federal, nesta quinta-feira (21), na operação batizada de Hashtag.

Ahmed teria começado a tomar posições radicais em relação ao islã e, por isso, foi afastado da mussala de Mesquita. (Crédito: Reprodução/ Rafik Responde)
De acordo com Mesquita, Ahmed frequentou a academia por cerca de um ano, porém faz mais de três anos que não tinha notícias dele. Após ter começado a tomar posições radicias, Mesquita teria pedido para que ele se afastasse, tanto da academia como da mussala. "Eu comecei a dizer a ele: 'Do jeito que você tá entendendo o Alcorão, não é bom. Eu peço a você que se afaste do meio da gente", conta Mesquita. "Ele não aceitava. Era a forma como ele lia, interpretava o Alcorão sagrado. Ele via da forma dele. E tem que ser da forma que tá escrito, e em cima de meditação. Você pode achar que é uma coisa, mas você precisa buscar alguém mais sábio, alguém que possa lhe explicar, realmente, o que tá escrito", comenta.
Convertido à religião há 25 anos, Mesquita condena as atitudes dos radicais. "O meu lado da fé é uma decisão minha, eu aceitei o islã como minha religião. Eu amo isso e a cada dia eu entendo que tenho que continuar. Um cara desse, ele já nasce doente. Em lugar nenhum do sagrado Alcorão você vai achar Alá pedindo para matar as pessoas. O mundo só vai ter paz, na verdade, quando isso acontecer. O verdadeiro islã significa amor a Deus e a todas as pessoas", completa Mesquita. "O terrorismo não tem nada a ver com o islã. Não o islã que nós pregamos", pontua.
Ahmed foi preso na manhã desta quinta-feira, em João Pessoa. A princípio, a informação dada era que a prisão teria ocorrido em Cabedelo, mas foi retificada pela Polícia Federal nesta sexta-feira. Segundo a assessoria da PF, ele foi encaminhado para Brasília na tarde desta quinta. Além da Paraíba, a operação ocorreu no Amazonas, no Ceará, em Goiás, no Mato Grosso, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Rio Grande do Sul. Todos os envolvidos são brasileiros.
O grupo foi recrutado pelo Estado Islâmico pela internet. "Eles passaram de simples comentários sobre Estado Islâmico e terrorismo para atos preparatórios", disse o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, acrescentando que o grupo se tratava de uma "célula amadora". As investigações apontaram que o grupo planejou a compra de pelo menos um fuzil AK-47 no Paraguai pela internet.
Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias podendo ser prorrogados por mais 30. Informações obtidas, dentre outras, a partir das quebras de sigilo de dados e telefônicos, revelaram indícios de que os investigados preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, bem como o uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos.
Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp