VIDA URBANA
Em 13 dias, chove 60% da previsão para maio
Índice pluviométrico da capital chegou a 51,8 milímetros, segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas.
Publicado em 14/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 13:07
Durante cinco horas ontem, a chuva causou transtornos a moradores de João Pessoa. Houve pontos de alagamentos, trânsito lento e equipes municipais precisaram intensificar ações para solucionar os problemas. Técnicos da Defesa Civil monitoram áreas de risco, mas não houve ocorrências graves. A previsão é que continue chovendo na cidade ao longo do dia de hoje.
De acordo com a meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), Marley Bandeira, das 9h às 16h de ontem, o índice pluviométrico da capital chegou a 51,8 milímetros. Com isso, subiu para 167,6 milímetros a quantidade de chuva que caiu na cidade desde o último dia 1º de maio.
A previsão é que esse volume alcance o total de 280 milímetros até o dia 31 de maio. Por conta disso, Marley Bandeira observa que, em apenas 13 dias, já choveu cerca de 60% do total esperado para os 31 dias do mês. Apesar disso, a especialista observa que as chuvas ocorridas ontem são normais e estão dentro da média. “Está chovendo em toda a região leste do Estado. João Pessoa está em pleno período chuvoso, que começa em abril e só termina em julho. Por isso, essas chuvas já eram esperadas”, afirmou.
A Aesa já previa essa quantidade de chuva intensa desde a noite da última segunda-feira, quando emitiu um alerta para as equipes da Defesa Civil instaladas no Estado. A finalidade foi evitar maiores transtornos e deixar os técnicos de prontidão para atender eventuais chamados graves. Em João Pessoa, servidores do governo municipal começaram desde cedo a fazer inspeções em áreas de risco.
“Estivemos em alguns locais onde houve pontos de alagamento. Acionamos equipes da Seinfra (Secretaria de Infraestrutura) e da Emlur (Autarquia Especial de Limpeza Urbana) para fazer algumas correções e reduzir a quantidade de água acumulada”, disse o coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Francisco Noé Estrela.
Ainda de acordo com Noé, em João Pessoa existem 31 áreas consideradas de risco, com moradias próximas a rios e barreiras. A cada período chuvoso, essas comunidades sofrem com alagamentos. No entanto, os danos causados ontem foram menores.
“Realizamos ao longo dos anos alguns serviços preventivos, como retirada de lixo, limpeza de galerias, remoção de vegetação, dragagem de rios e isso fez com que os transtornos fossem reduzidos. No São José, por exemplo, mesmo estando perto de um rio, não houve alagamento ontem”, destacou Noé.
LAGOA
Já em outros pontos da cidade, a população enfrentou ruas e calçadas quase totalmente cobertos pela água. A Lagoa do Parque Solon de Lucena, por exemplo, que está passando por serviços de dragagem, ficou com o anel interno tomado por lama. Pedestres e até veículos tiveram que redobrar os cuidados ao trafegar pelo local.
Na rua Heraclito Cavalcanti, no Tambiá, a água empoçada formou uma lâmina de quase 20 centímetros de altura.
De acordo com a Aesa, a previsão é que as chuvas continuem em João Pessoa durante o dia de hoje.
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