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VIDA URBANA

Em 2 anos, 15 ex-detentos da PB voltam ao mercado de trabalho

Presos e ex-detentos foram recolocados no mercado de trabalho através do programa Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Publicado em 14/05/2011 às 18:43

Da Redação
Com Agência Brasil


A Paraíba reinseriu 15 presos e ex-detentos no mercado de trabalho por meio do programa Começar de Novo, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Mais de mil vagas foram preenchidas em todo o país desde 2009, quando o programa foi lançado. A Paraíba aparece em oitavo lugar entre as 13 unidades federativas que registraram seus desempenhos.

O estado de Goiás é que lidera esse ranking, com 344 presos e ex-detentos recolocados no mercado de trabalho, seguido do Distrito Federal, com 194. A Bahia é o primeiro estado nordestino a figurar na lista, com 160 vagas preenchidas. Os outros estados nordestinos à frente da Paraíba são Pernambuco e Piauí, ambos com 50.

Os demais estados que registraram seus desempenhos foram Amapá (80), São Paulo (64), Rio de Janeiro (54), Rio Grande do Sul (8), Espírito Santo (7), Minas Gerais (1) e Santa Catarina (1).

Apesar de a quantidade de vagas preenchidas ter dobrado em três meses, ainda há muito o que fazer. Registro atual do Banco de Oportunidades mantido pelo projeto mostra que há 2.219 vagas sobrando. Isso porque o número de vagas oferecidas também aumentou desde fevereiro e hoje contabiliza quase 4 mil registros.

Para o coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do CNJ, Luciano Losekann, o aumento do preenchimento de vagas se deve a dois motivos. "Os tribunais estão alimentando melhor o banco de dados do projeto e os dados estão mais atualizados. Além disso, há maior sensibilização das empresas, do Poder Público e dos próprios tribunais sobre as vantagens do projeto".

Ele afirmou que os principais obstáculos para o preenchimento de todas as vagas ainda são a dificuldade dos tribunais com a burocracia e a falta de qualificação dos presidiários. O segundo problema está sendo enfrentado com o oferecimento de cursos pelos tribunais. Atualmente, o Banco de Oportunidades tem 873 vagas abertas, na Bahia (743) e no Paraná (130), para ocupações como árbitro de futebol, vendedor e pintor de parede. Desde 2009, 2.638 vagas de qualificação foram propostas.

Além de promover a reinserção social e dar uma oportunidade a pessoas que já foram punidas pelos crimes que cometeram, o programa também é vantajoso para os empregadores. Há isenção de tributos e um regime de trabalho diferenciado, pois os detentos não podem ser contratados pela CLT. "O salário é cerca de dois terços do salário mínimo e os empregadores não são obrigados a pagar a previdência social", explica Losekann. Para os presos, as vantagens são a garantia da fonte de renda, alimentação e auxílio-transporte (para aqueles que cumprem regimes semiaberto e aberto). O trabalho também significa um novo passo para a liberdade: para cada três dias de trabalho, um dia a menos de pena.

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Jornal da Paraíba

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