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VIDA URBANA

Em CG, os laptops estão guardados em depósito

Publicado em 22/04/2012 às 12:00

Pelo levantamento feito pela reportagem, há indícios de irregularidades ou, no mínimo, negligência, em relação ao UCA.

O Ministério da Educação informou que a Paraíba recebeu 4.662 computadores na segunda fase do projeto. Na primeira fase de implantação, o projeto foi testado em cinco escolas de quatro Estados brasileiros (Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins), além do Distrito Federal. A iniciativa prevê a promoção da inclusão digital por meio da distribuição de computadores portáteis em escolas públicas, para professores e alunos de ensino básico.

O destino dos laptops na Paraíba, pelo menos nas escolas estaduais de João Pessoa, é incerto e desconhecido. Por uma semana, a reportagem insistiu com a Secretaria de Educação do Estado para que o local onde os laptops estão guardados fosse informado. A intenção era fotografar o depósito e mostrar que, apesar de inutilizados, os computadores estão bem guardados e conservados. A autorização foi negada.

Em novembro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito civil público para apurar possíveis irregularidades no projeto. Esta semana, a assessoria de imprensa disse que o MPF aguarda informações do MEC sobre ter havido ou não repasse de verbas para o programa. O procedimento é tratado como sigiloso, por isso, nenhuma outra informação foi repassada.

Em Campina Grande, os laptops estão em um depósito na Escola Nossa Senhora do Rosário, onde os alunos também esperam ansiosamente pela primeira aula com computador. A escola recebeu 817 laptops. Nas escolas das demais cidades onde o UCA chegou, o projeto nunca funcionou. A exceção é apenas para a Escola Municipal Professora Terezinha Garcia Pereira, em Brejo do Cruz, onde o UCA funciona ininterruptamente desde setembro de 2011, conforme informou a diretora Socorro Garcia.

“No início tivemos um problema técnico que impossibilitava o acesso à internet, mas depois tudo foi consertado. O projeto funciona dentro de sua normalidade. Alunos e professores levam os computadores para casa diariamente e os utilizam na sala de aula, como deve ser”, revelou a diretora. De acordo com o MEC, o laptop pertence à escola e cabe a ela definir como o computador será utilizado, inclusive se o estudante pode levá-lo para casa ou não.

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Jornal da Paraíba

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