Em JP: famílias de vítimas da violência manifestam-se contra impunidade

Da Redação

Na manhã desta quinta-feira (28), o Parque Solon de Lucena será palco de uma mobilização contra a violência e a impunidade. Intitulado “Um clamor por justiça”, o manifesto reunirá familiares e amigos das estudantes Aryane Thaís e Vanessa de Oliveira e do bancário Everton Barbosa, vítimas recentes de homicídios na Capital. O encontro está marcado para as 9h e foi programado para esta quinta, um dia antes da audiência que dará continuidade à instrução do processo do caso Aryane.

A intenção dos manifestantes é mobilizar a população na luta contra a violência e, principalmente, contra a impunidade. Nos três casos citados, a Justiça ainda não conseguiu punir os culpados. No caso Aryane, morta há seis meses, o julgamento está em andamento. O acusado pelo assassinato da estudante é o seu ex-namorado, Luis Paes de Araújo Neto.

Já no caso da estudante Vanessa, cujo corpo foi encontrado há três meses em um terreno baldio, ainda não foi apontado um acusado pelo crime. Segundo as últimas informações fornecidas à imprensa pela Delegacia de Homicídios, o processo está em poder da Justiça para controle do inquérito e análise dos trabalhos feitos no caso. Só com o retorno do processo ao delegado responsável pelas investigações, Allan Murilo Terruel, o inquérito poderá ter continuidade.

O caso Everton, que foi morto há sete meses, assim como o de Aryane, também tem um acusado. O contador Wagner Soares está sendo julgado pelo assassinato do bancário. A primeira audiência do julgamento foi no dia 3 de setembro.

Na tentativa de manifestar a revolta e o desconforto com a situação, a família de Aryane lançou um endereço eletrônico sobre o caso Aryane, que vem sendo atualizado com matérias veiculadas na mídia sobre o assassinato da jovem. A equipe de reportagem do Paraíba1 conversou com a irmã de Aryane, Talita Carneiro, que está à frente do manifesto. "Graças a Deus, o caso da minha irmã está andando, mas há outros parados, e a gente quer ajudar”, disse Talita.

Os familiares e amigos das três vítimas esperam que a população se una a eles nessa causa e reforcem a luta que pede mais agilidade da Justiça nesses casos de bárbara violência.