VIDA URBANA
Empasa vai oferecer sopa grátis, em CG
Para combater o desperdício e ajudar famílias carentes, projeto da Empasa irá usar alimentos que não são comercializados em sopão.
Publicado em 28/08/2012 às 6:00
A quantidade de alimentos sem serventia para os consumidores da Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa) de Campina Grande é de 5%, das 11.780 toneladas que em média chegam ao local todos os meses. Mas esse percentual não significa desperdício total, já que muito ainda é reaproveitado através da coleta de associações que utilizam frutas, verduras e legumes, na produção de comida para famílias que não têm como se alimentar. Com essa preocupação, a Empresa pretende beneficiar três mil famílias com um projeto que transformará o alimento em sopa, a partir de novembro deste ano.
Por enquanto, estão cadastradas 180 famílias carentes das redondezas da Empasa, localizada no bairro do Alto Branco. Mas, segundo a administradora do local, Jader Cleide Pereira, o intuito é de que, adquirindo mais recursos, a iniciativa possa atender até três mil famílias. “Nós vamos iniciar esse projeto em novembro deste ano e já estamos modificando uma parte da estrutura da Empasa para produzir a sopa na própria Empresa”, informou.
Ela explicou que são dispensadas 589 toneladas do total de alimentos que chegam mensalmente à Empasa, porque não servem para a venda, devido a pequenos defeitos causados pelo transporte dos produtos, principalmente. Esses alimentos já são aproveitados por projetos como o 'Mesa Brasil', do Sesc, que coleta os produtos e transforma em comida. A administradora explicou que, na Empasa, a sopa será distribuída diariamente para as famílias e uma vez por semana, para cinco associações beneficentes da cidade.
“Além disso, os alimentos que não tiverem como ser reaproveitados para a sopa serão transformados em adubo para a distribuição entre os produtores que comercializam seus produtos na Empasa”, continuou Jader Cleide. Para o comerciante José Carlos da Sena, ações como essa são muito importantes para a cidade. “Tem tanta gente passando fome e tanto alimento desperdiçado. Eu, por exemplo, repasso os produtos que não vendo”, contou. A catadora Maria Edite da Conceição, que passa todas as manhãs recolhendo frutas que não servem para a venda, contou que muita coisa pode ser aproveitada. “As frutas, principalmente, estão em boas condições, não há porque não pegar para comer”, disse. A Empasa possui 154 lojas e 700 comerciantes trabalham hoje no local.
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