VIDA URBANA
Empresários chineses querem parceria para revender Turmalina
Diretoria da Bolsa de Diamantes virá à PB em busca de negócios. As pedras brasileiras são um grande atrativo para compradores, como joalheiros e investidores
Publicado em 26/12/2015 às 8:00
No final de janeiro, uma delegação de empresários chineses liderados pela Bolsa de Diamantes do Panamá deve visitar a Paraíba em busca de parcerias com comerciantes locais de pedras preciosas. A vice-presidente sênior da Bolsa de Diamantes do Panamá, Ali Pastorini, afirmou que, além de familiarizar os chineses com a indústria de pedras preciosas brasileiras, um dos objetivos da visita é conseguir que algum empresário de turmalina Paraíba se junte à Bolsa.
“Até então eles [os empresários chineses] só tinham contato com o mercado brasileiro através de Feiras na Ásia, onde alguns empresários conseguem expor seus produtos. O mercado asiático sempre admirou muito o mercado de pedras preciosas, porém priorizou, nos últimos anos, comprar e investir em ouro e diamantes. Agora eles veem as pedras preciosas (com exceção do diamante) como o setor a ser atingido”, disse Ali Pastorini.
Segundo a executiva, para o empresário brasileiro será interessante ter a possibilidade de conversar e apresentar seus produtos a potenciais compradores asiáticos, que querem comprar tais mercadorias através da Bolsa, que garante a qualidade e legitimidade do produto. Já há empresas brasileiras fazendo parte da Bolsa de Diamantes desde sua inauguração, em sua maioria empresas do setor de diamantes brutos e polidos, de acordo com a representante.
Ali Pastorini disse ainda que as pedras brasileiras são um grande atrativo para compradores, como joalheiros e investidores, ao redor do mundo. Para ela, a Bolsa pode, inclusive, ajudar a reduzir o comércio ilegal da turmalina paraíba.
“A essência de uma Bolsa de Diamantes é justamente dar segurança e tranquilidade ao comprador, e ao vendedor de comercializar dentro dela. É uma plataforma regularizada e, para ser membro, a empresa precisa ser aprovada por uma Junta Diretiva. Eu acredito que a Bolsa trará uma grande mudança para a América Latina, não apenas em questões econômicas, mas também em questões de segurança, pois a maioria entenderá que a melhor maneira de fazer negócio é de uma forma transparente e honesta”, avaliou.
A vice-presidente sênior explicou que não há como ocorrer comercialização ilegal dentro de uma Bolsa, pois esta é constantemente vigiada por toda a federação. “Se um membro comete um delito, a foto dele com nome e empresa é divulgada a outras 29 Bolsas ao redor do mundo, o que dificulta consideravelmente que ele comercialize sua mercadoria em outros continentes. Não é por acaso que empresas líderes de mercado integram a Bolsa, pois querem evitar qualquer possibilidade de negociar com empresas ou empresários de má índole”, disse.
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