VIDA URBANA
Engarrafamentos constantes
Congestionamentos fazem parte da rotina dos moradores da Zona Sul, onde são frequentes os problemas na principal dos Bancários.
Publicado em 04/05/2014 às 17:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:39
Moradores da zona sul da capital também reclamam dos constantes congestionamentos registrados na cidade. Na principal avenida do bairro dos Bancários, a Sérgio Guerra, o trânsito lento deixou de ser novidade há algum tempo. O trecho é considerado um dos mais complicados de João Pessoa e entra na lista dos que mais registram engarrafamentos. O problema pode ser verificado diariamente em horários de pico, como início da manhã ou final da tarde.
A rota alternativa para quem tem a área central como destino é ir pelo Altiplano e sair na avenida Beira Rio. Outra saída é seguir pela Hilton Souto Maior em direção ao viaduto do Cristo e seguir pela avenida Ranieri Mazzili ou pegar a BR-230. O problema é que, quando há congestionamento no Bancários, a lentidão se estende aos bairros de Mangabeira, José Américo, Cristo e Geisel e as alternativas acabam se esgotando.
No início de fevereiro, uma colisão entre dois veículos no início do bairro, próximo a um supermercado, interditou o trânsito nos Bancários por mais de seis horas. A cidade parou. Os motoristas, estressados, procuraram rotas alternativas, mas não adiantou.
Nesse dia, muitas pessoas chegaram atrasadas ao trabalho.
Os dois sentidos foram interditados durante toda a manhã. Toda a confusão foi causada após o condutor de um veículo perder o controle e bater em um poste e, em seguida, outro veículo se envolver no acidente. O saldo foi de seis pessoas feridas e um trânsito imóvel em praticamente toda a cidade.
Para o diretor de planejamento da Semob, Adalberto Araújo, o problema do congestionamento é que falta informação ao motorista. “Se ele se informa antes de sair de casa, muitos congestionamentos podem ser evitados”, afirmou.
“VAMOS OFERTAR UM TRANSPORTE DE QUALIDADE, NÍVEL EUROPA"
Apesar dos congestionamentos na cidade, não existem projetos específicos para resolver a situação de quem usa o carro para se locomover, segundo afirmou Adalberto Araújo, diretor de planejamento da Semob. “Isso não é uma política isolada da prefeitura, mas sim do governo federal e de todos que trabalham com mobilidade urbana”, destacou.
Segundo Araújo, a prioridade é reestruturar o transporte público. “É preciso entender que o congestionamento é consequência da política de incentivo à compra do carro, da moto, do transporte individual. É uma escolha equivocada”, frisou o diretor de planejamento. Ele admitiu que da forma que está, ninguém vai deixar o carro para andar de ônibus, que não atende as necessidades.
“Vamos ofertar um transporte de qualidade ao nível da Europa, não haverá mais a desculpa de que é inseguro, apertado, etc”, explicou. Ele disse que a prefeitura não quer impor que as pessoas optem pelo transporte público, mas implementar um serviço que atraia a população.
Os ônibus, segundo o diretor, terão ar-condicionado, estações climatizadas, informação na web. “Nosso erro foi adotar o modelo americano, nos Estados Unidos a indústria automobilística já entrou em crise”, ressaltou.
“O processo está dentro dos trâmites normais. Estamos estudando o plano de ações, para decidir por onde devemos começar, porque não dá para fazer tudo de uma vez, seria um caos na cidade”, comentou.
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