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VIDA URBANA

Engenheiro confirma existência de erosão em canal do açude São Gonçalo

Engenheiro afirmou que as erosões no açude que abastece o município de Sousa precisam ser avaliadas imediatamente por uma equipe técnica.

Publicado em 03/02/2010 às 16:13

George Wagner
Especial para o Paraíba1

O engenheiro André Geovane Sarmento, que integra a equipe técnica do Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) na cidade de Sousa, confirmou a existência do registro de sinais de erosão na base da parede do sangradouro do açude de São Gonçalo, que comporta 44,6 milhões de metros cúbicos de água quando chega a sua capacidade máxima.

Sarmento afirmou que as erosões precisam ser avaliadas imediatamente por uma equipe técnica, “realmente existem erosões regressivas no sangradouro da barragem do açude São Gonçalo. As erosões precisam ser tratadas. A gente não pode diagnosticar apenas na expressão visual porque as erosões estavam cobertas por água”.

O engenheiro disse que recomendou à direção do DNOCS que as providências fossem tomadas imediatamente e com a formação de uma equipe de engenheiros, “o recomendável seria que a providências fossem tomadas de imediato. Recomendei que fosse formada uma comissão de engenheiros para fazer o diagnóstico. Problema dessa magnitude não se pode tratar só jogando concreto e achar que está resolvido, primeiro tem que se diagnosticar a real situação do problema”.

Com larga experiência no setor de engenharia, André Sarmento revelou que as erosões registradas na base do sangradouro do açude de São Gonçalo são regressivas e, se chegarem a um estado mais avançado, poderão comprometer a segurança da barragem. “São erosões regressivas e se deixar chegar a um estado avançado compromete a segurança da barragem”, contou.

Sarmento lembrou que anualmente toda barragem precisa de reparos e trabalhos de manutenção para garantir a sua sustentabilidade. “Já recomendei ao DNOCS que anualmente toda barragem precisa ser inspecionada e ser dada a manutenção, essa é a recomendação técnica para toda e qualquer barragem. Todas as catástrofes que ocorreram sempre foram provenientes de uma negligência, de uma omissão, de uma falta de atitude preventiva para que se evite. São coisas que podem ser corrigidas e as providências tem que ser tomadas imediatamente”, declarou.

O manancial fica localizado no município de Sousa, no perímetro irrigado de São Gonçalo, há 17 km da sede do município. Nos últimos dois anos o açude ultrapassou a sua capacidade máxima em virtude das chuvas fortes que caíram na região e só um estudo aprofundado poderá garantir que o açude que abastece a cidade de Sousa poderá suportar mais um inverno.

Imagem

Jornal da Paraíba

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