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VIDA URBANA

Ensino integral em 72 escolas está suspenso

Governo Federal não vem repassando recursos do 'Mais Educação' para Campina Grande.

Publicado em 08/05/2015 às 6:00 | Atualizado em 09/02/2024 às 17:34

O dia de Lucas Mikael, 10 anos, aluno da Escola Leonardo Vitorino, no bairro do Pedregal, em Campina Grande, começa cedo. Acorda às 6h para antes das 7h já estar na porta da unidade de ensino e estudar até as 11h. Essa rotina não é diferente dos quase 29 mil alunos da rede municipal de ensino, se Lucas não tivesse que retornar à escola à tarde para completar sua carga horária de ensino integral. Estudar em dois turnos é a proposta de 86 das 120 escolas do município, mas não é a realidade, já que 72 dessas unidades estão com o turno da tarde suspenso.

Essas 72 escolas fazem parte do Programa Mais Educação, parceria que o município tem com o governo federal, que não retomou este ano o repasse dos recursos necessários para a continuidade das aulas em dois turnos, já que para isso os alunos precisam fazer refeições nas escolas para complementarem suas atividades. Segundo Iolanda Barbosa, secretária de Educação de Campina Grande, a manutenção do ensino em dois turnos continua em 14 escolas, que fazem parte do projeto do município em ofertar esse tipo de serviço.

“As atividades do Mais Educação estão temporariamente suspensas devido a problemas de repasse de verba no governo federal. Elas serão retomadas assim que os recursos forem regularizados. Enquanto isso, estamos construindo uma proposta para a criação do Programa Municipal de Educação Integral que funcione de modo independente dos programas federais. Já nas 14 escolas que oferecemos a educação integral, em parceria com o Instituto Alpargatas, nós atendemos cerca de dois mil alunos que têm acesso a um ensino de qualidade e alimentação necessária ao longo do dia”, explicou a secretária.

Há quatro anos estudando na Leonardo Vitorino, Lucas não sente falta de passar parte do dia em casa brincando com os irmãos, assistindo televisão, ou jogando bola com os amigos. Ele aponta que passar o dia inteiro estudando é tão bom quanto participar de outras atividades fora do ambiente escolar. “Eu chego cedo na escola, assisto aula a manhã toda. Almoço aqui 11h, vou pra casa para ver meus pais, e volto logo no começo da tarde. Aí nós temos aula de Educação Física, música, literatura e fazemos atividades melhores do que brincar na rua”, disse o jovem que está na 4ª série do Ensino Fundamental.

O diretor da escola, professor Eraldo Ataíde, afirmou que todo início do ano existe uma disputa grande para novos alunos, e que as 175 vagas para a série inicial é bastante concorrida pelos resultados que a unidade apresenta desde 2008 quando começou de forma pioneira a oferecer o ensino integral. “Temos 15 professores que se dedicam à escola, oferecemos quatro refeições diárias, além de investir em um planejamento escolar que apresenta resultados. Por isso nós aceitamos apenas alunos daqui da comunidade e praticamente todos ficam conosco ao longo de todo Ensino Fundamental”, explicou o gestor.

Iolanda Barbosa ainda afirmou que a Secretaria de Educação estuda a possibilidade de ampliar o número de escolas com Educação Integral ainda no decorrer de 2015, e que para isso já vem oferecendo atividades extracurriculares como aulas de capoeira que são ministradas em várias escolas do município. “Queremos que nossos alunos participem de oficinas e aulas de dança, música, capoeira, entre outros. A programação é construída de acordo com a demanda de cada escola, que ainda contam com atividades com foco principal nas culturas afrobrasileira e indígena”, disse a secretária.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
De acordo com o Ministério da Educação, através de sua assessoria de comunicação, existe a possibilidade de os recursos necessários para a retomada das atividades nas escolas que fazem parte do programa Mais Educação voltarem a ser repassados ainda este mês.

Há informação de que reuniões aconteceram e que o município já foi cientificado dessa previsão, que poderá ser confirmada a partir da próxima semana para que os alunos não continuem prejudicados com a ausência do serviço de educação integral.

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Jornal da Paraíba

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