VIDA URBANA
Ensino particular não atinge o Ideb
A rede particular, por sua vez, não alcançou os valores ditados pelo Ministério – ficando com nota de 5.9, enquanto a projeção era de 6.1.
Publicado em 26/08/2012 às 8:00
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 2011 (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) neste mês, mostrou que os investimentos no setor público têm contribuído para melhorar o desempenho dos seus alunos. Na avaliação, os estudantes da rede pública paraibana ultrapassaram as projeções estabelecidas pelo MEC – embora com percentuais ainda abaixo da média nacional – enquanto a rede privada ficou abaixo das projeções nas séries iniciais e nas demais apenas cumpriu a meta.
Levando em consideração os anos iniciais, a média das instituições públicas ficou em 4.0 (em uma escala de zero a dez), passando os 3.5 colocados pelo MEC. A rede particular, por sua vez, não alcançou os valores ditados pelo Ministério – ficando com nota de 5.9, enquanto a projeção era de 6.1.
Para o professor doutor em Educação da Universidade Federal da Paraíba Eduardo Jorge Lopes, isso mostra que a rede pública está evoluindo, embora a quantidade de recursos que saiam da fonte nem sempre cheguem até a base – em decorrência dos desvios.
“Se a escola pública avança nos índices atingindo ou superando as metas do Ideb, acontece porque está havendo investimento. A rede pública é quantitativamente maior (em relação à particular) e possui exemplos de escolas e profissionais professores que se dedicam a prestar serviços em prol da qualidade do ensino público”, apontou o especialista.
Ainda de acordo com o Ideb, nas séries finais do Ensino Fundamental, os alunos da rede pública alcançaram o valor de 3.1, superando em dois milésimos a meta (2.9). No 3º ano do Ensino Médio, a média ficou em 2.9, o mesmo valor das projeções. Nas escolas privadas, os alunos ficaram exatamente no nível projetado pelo MEC, com notas de 5.5 e 5.3, no 9º ano e no 3º Médio – respectivamente.
“Esses resultados revelam que a meta das escolas particulares é colocar seus alunos nas universidades. O que acontece também na rede pública é que muitas escolas fazem até provão antes de submeter seus alunos ao Ideb”, completou Eduardo Jorge.
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