VIDA URBANA
Equipes da Cruz Vermelha visitam Trauma de Campina; direção nega
Estado assinou pacto para organização administrar Trauma de JP. Funcionários da unidade de CG garantem que houve inspeção e reunião nesta manhã, mas diretores negam.
Publicado em 08/07/2011 às 8:34
Karoline Zilah
Com informações da TV Paraíba
Funcionários do novo Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande garantem que uma equipe da Cruz Vermelha inspecionou as dependências da unidade na manhã desta sexta-feira (8). Eles revelaram que a equipe chegou às 7h30 e entrou em reunião às 8h com alguns integrantes da coordenação do hospital.
Nossa equipe de reportagem esteve no hospital para acompanhar a visita, mas, apesar das informações de funcionários plantonistas, os diretores Geraldo Medeiros e Flaubert Cruz negaram que houvesse integrantes da Cruz Vermelha no prédio.
Servidores da recepção, uma médica e uma enfermeira afirmaram ao Paraíba1 que a equipe surpreendeu a todos quando chegou. Devido à ausência de um diretor no momento, um funcionário do almoxarifado teria recebido a missão de acompanhar os visitantes e mostrar o local.
O hospital foi entregue à população nesta semana. Nesta semana, o Governo do Estado anunciou que a organização sem fins lucrativos - do Rio Grande do Sul - vai assumir a administração do Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, de João Pessoa.
A visita não chegou a ser divulgada pela Secretaria de Comunicação do Estado. Como o acordo ainda não fechado em definitivo e publicado no Diário Oficial do Estado, a visita a Campina Grande levanta a expectativa de que a visita se trate de uma avaliação para a inclusão da nova unidade no projeto de pactuação.
Visita em João Pessoa
A exoneração dos 13 diretores do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa foi o primeiro passo oficial de entrega da administração da unidade para a Cruz Vermelha. Na quinta-feira (7), cerca de 10 representantes da área técnica e administrativa da Cruz Vermelha começaram a executar o projeto de pactuação assinado com o Governo do Estado para gerir o Hospital de Emergência de João Pessoa.
O secretário de Estado da Saúde, Waldson Souza, esteve na unidade e presidiu uma reunião com a instituição, diretores e funcionários para apresentar o projeto e estabelecer metas nos próximos seis meses.
Segundo o secretário, todos os servidores, prestadores ou não, passarão por um processo de avaliação. “O governo, pela primeira vez, vai regularizar a situação funcional de quem está no Trauma desde 2001”, adiantou.
A Secretaria de Comunicação divulgou ontem que, entre as metas discutidas, estão a diminuição do tempo na realização de cirurgias de emergência em pacientes com risco eminente de vida de oito dias para 60 minutos, depois de estabilizados e a diminuição da mortalidade no ato cirúrgico para 0,7%. Outra meta discutida foi a diminuição nas taxas de mortalidade em menos de um óbito para cada 100 cirurgias e a diminuição do tempo de internação de 30 dias para menos de 15, entre outras.
Waldson Souza disse que o projeto de pactuação prevê ainda o acesso qualificado aos serviços de urgência e emergência do Trauma, o acolhimento aos usuários, o retorno ao perfil do hospital – que é o de atender às vítimas de urgência e emergência – e aumento no número de cirurgias de emergência em 30% no período de três meses. Outro projeto é o do processo de certificação chamado Acreditação, uma espécie de Iso na área hospitalar concedido por órgãos como o Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde (OMS), entre outros, a hospitais com excelência no atendimento.
Após a reunião, os funcionários da Cruz Vermelha realizaram uma visita interna aos setores do hospital, como a engenharia biomédica, central de esterilização de medicamentos, laboratório, comissão de controle de infecção hospitalar, recursos humanos, contas médicas, entre outros, para interação com os funcionários e para a execução das primeiras medidas.
O gestor do projeto do Trauma e consultor da Cruz Vermelha, Edmund Gomes, disse que espera conferir de volta a credibilidade com um bom atendimento à população. Dentro das metas pactuadas, ele adiantou que o projeto trará o aumento na produtividade funcional e melhorias nas condições de trabalho, pois o hospital tem todas as condições para isso.
Atualizada às 9h48
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