VIDA URBANA
Erros de gestão de equipe podem comprometer a produtividade
Maneira mais correta é designar determinadas atividades para alguém que seja habilitado e monitorar os resultados, cobrando relatórios em períodos estabelecidos.
Publicado em 28/02/2010 às 8:40
Jacqueline Santos
Do Jornal da Paraíba
O modelo de administração adotado pelo empresário paraibano Roberto Pimenta tem sido referência não apenas para o crescimento no lucro da sua empresa, mas principalmente na qualidade de vida dos seus funcionários. Ser mais humano, mas também não esquecer o lado “líder”, essencial para o sucesso no comando de uma equipe, são características consideradas fundamentais para quem lida com gestão de pessoas. No entanto, existem alguns erros que fazem parte de qualquer administração, entretanto precisam ser corrigidos para que a empresa não amargue imensos prejuízos.
O próprio Roberto reconhece que cometeu diversas falhas ao longo dos 23 anos que está à frente da firma de produtos alimentícios. A falta de experiência o levou a implantar uma relação de convivência com os empregados semelhante ao modelo de gerência vivenciado quando era funcionário de uma instituição bancária. “No banco, havia a rotatividade de chefia e nós sempre gerenciávamos colegas de trabalho, que estão no mesmo grau de conhecimento ou semelhante à nossa. No meu negócio, quis estabelecer o mesmo sistema, mas não deu certo”, contou, acrescentando que os treinamentos o auxiliaram no aperfeiçoamento.
O fato de ser centralizador em todas as atribuições da empresa também dificultou e, segundo ele, ainda atrapalha o processo de gestão das pessoas que trabalham com Roberto. “Ainda tenho restrição em delegar atividades em alguns setores, pois temo que a pessoa não seja capacitada o suficiente para levar aquele projeto adiante”, confessa. O consultor do Sebrae, Martinho Montenegro, disse que centralizar todas as funções é um dos erros mais comuns dos administradores.
A maneira mais correta é designar determinadas atividades para alguém que seja habilitado e monitorar os resultados, cobrando relatórios em períodos estabelecidos. Outro ponto importante para evitar escorregões na gestão de pessoal é abrir as portas para que o funcionário se qualifique e jamais fique estacionado, sem nenhuma evolução.
Atualmente, Roberto lidera 84 empregados e sempre os mantém motivados, graças a uma política de humanização que tem levado muitos deles a evoluírem de função. Ele começou com atendimento de pequenas encomendas de clientes e a única parceira era a esposa, responsável pela cozinha.
Para a presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos na Paraíba (ABRH-PB) Eugênia Ávila, um dos grandes equívocos acontece quando a empresa – seja de grande, médio ou pequeno porte – deixa de reconhecer que os funcionários são o grande diferencial de sucesso ou fracasso das estratégias de negócio. O desempenho da organização depende da contribuição das pessoas que a compõem e da forma como elas estão organizadas, são estimuladas e capacitadas. Negligenciar este aspecto pode causar sérios danos ao empreendimento.
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