Escola invadida vai ter monitoramento e linha direta com a polícia

Ações de manutenção com instalação de grades e fechamento de portões, videomonitoramento, implantação de uma linha direta com a Polícia Civil e ações mais efetivas da Polícia Militar dentro da escola. Essas são algumas das medidas que deverão ser tomadas na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Luzia Simões Bartollini, que foi alvo de um arrastão na manhã de segunda-feira (1º), quando dois homens armados entraram, renderam professores e alunos e levaram pelo menos 80 celulares.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (SEE), a instalação das grades e os serviços mais urgentes de manutenção deverão ter início de hoje para amanhã. Da mesma forma o sistema de videomonitoramento deverá ser implementado na escola Luzia Simões. Conforme a assessoria, atualmente 100 escolas da rede estadual possuem o sistema e já existe um projeto para aquisição de 24 novos kits, que permitirão o monitoramento de outras 24 instituições de ensino.

A secretaria ainda informou que, em reunião com a secretaria de segurança, definiu-se que será implantado um projeto piloto de Disque Denúncia na Luzia Simões. Esta será uma linha direta da Polícia Civil com a escola, que permitirá uma elucidação mais rápida dos casos. Ainda no quesito segurança, o comandante geral da Polícia Militar da Paraíba, coronel Euller Chaves, informou que a PM implantará dois projetos na Luzia Simões.

“Estamos trabalhando dois projetos pilotos dentro de um cenário que já vinha sendo preparado: o Zap.com PM, vinculado a dois pontos: Mangabeira e Jardim Planalto. Com esse sistema será estabelecido um grupo no aplicativo Whatsapp com membros da comunidade escolar e policiais agindo permanentemente. E o outro serão as rondas Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), que constará na presença de policiais capacitados para lidar com os estudantes nas escolas, inclusive assistindo aulas com os alunos”, comentou.

Para a diretora adjunta da escola Luzia Simões Bartolini, Maria Marlene Batista, a expectativa é de que essas ações não sejam apenas momentâneas. “Sentimos o apoio, inclusive já foram definidas diversas ações. Estamos esperançosos e queremos mesmo que esse trabalho tenha continuidade e que nós possamos ter condições de trabalhar com segurança”, finalizou.

A Polícia Militar apreendeu no começo da tarde desta terça-feira (2), na comunidade Nova Trindade, um dos envolvidos no arrastão à Escola Luzia Simões Bartollini. O rapaz de 17 anos, que já cumpriu medida socioeducativa por roubo, confessou participação na ação criminosa e disse que teve ajuda de dois alunos da própria escola.Esta é a terceira vez que ele foi apreendido pela PM.

Com o suspeito, a Polícia Militar apreendeu uma arma utilizada no roubo e recuperou alguns dos celulares.