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VIDA URBANA

Escolas tradicionais se destacam

Sete escolas de samba do grupo especial do Rio, desfilaram neste domingo (19). Portela, Mocidade e Beija-Flor foram os destaques.

Publicado em 21/02/2012 às 6:30


Portela, Mocidade e Beija-Flor se destacaram nos desfiles do primeiro dia do Grupo Especial do Carnaval do Rio. Ao todo, sete escolas de samba se apresentaram.

A Portela animou o público com um enredo sobre a Bahia e em homenagem à cantora Clara Nunes. Mocidade chamou a atenção com um desfile cheio de cor e alegorias impressionantes, uma homenagem a Cândido Portinari. Já a Beija-Flor teve como destaque a lembrança do carnavalesco Joãosinho Trinta, morto no ano passado.

A estreante Renascer de Jacarepaguá foi a primeira a desfilar nesta primeira noite do Grupo Especial do Rio. Ela se apresentou com um show de cores em uma homenagem ao pintor Romero Brito. Em contraponto às alas e alegorias coloridíssimas, os integrantes da bateria desfilaram de preto, uma das cores marcantes do homenageado.

Os integrantes vieram empolgados, com o samba-enredo na ponta da língua, para tentar manter a escola na elite das escolas de samba. Ao fim do desfile, o homenageado estava emocionado. "O mais importante foi poder desfilar ao lado do meu filho", disse Romero Brito.

A Portela, segunda a desfilar, falou sobre a Bahia e a cantora Clara Nunes. Para homenageá-la, a escola levou para a avenida cantoras brasileiras como Marisa Monte, Daniela Mercury e Vanessa da Matta, que encarnou a cantora lembrada. Também desfilou pela Portela o sambista Paulinho da Viola. "Eu vim honrosamente ao lado da águia e da Marisa (Monte). É um desfile magnífico, todo mundo cantou junto, foi contagiante", disse.

O samba da escola animou o público, e a bateria foi um dos grandes destaques. A escola carioca desfilou com dez integrantes do afoxé Filhos de Gandhy, da Bahia, e levou atabaques para reforçar o samba. A rainha de bateria Sheron Menezes estava deslumbrante e também ajudou os músicos.

Depois foi a vez de Mocidade Independente desfilar pela Sapucaí, com um enredo sobre o pintor Cândido Portinari. O carro abre-alas foi um dos destaques. Ele trazia uma escultura de Portinari à frente, com um monte de estrelas feitas de espelhos atrás, lembrando o símbolo da escola. O efeito brilhante era ainda iluminado por luzes coloridas.

Apesar de lindo, o carro deu problemas para a Mocidade. Ele se desviou para o lado e bateu na proteção que separa o público da pista. Integrantes da escola tiveram que empurrar a alegoria para colocá-la de novo no centro da avenida. O presidente da escola, Paulo Vianna, minimizou o problema. "Foi a barra da direção que quebrou, mas não acho que isso vai prejudicar a escola, estamos cumprindo a nossa missão."

A Vila Isabel fechou o primeiro dia de desfiles no Rio com um enredo sobre os laços que unem Brasil e Angola. O destaque foi a comissão de frente da escola, que simulava uma savana, alternando representações de animais e danças africanas.

As fantasias e alegorias foram marcadas por estampas e tecidos inspirados em Angola. O último setor mostrava a origem do samba no país de continente africano. Martinho da Vila, grande nome da escola, entrou na última alegoria --foi dele a sugestão do enredo.

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Jornal da Paraíba

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