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VIDA URBANA

Escolta: uma atividade de risco para o policial

Publicado em 15/12/2013 às 8:00


A atividade policial já é por si só cheia de riscos. A escolta, por sua vez, torna essa profissão ainda mais perigosa. Ao proteger um alvo, o policial acaba também se tornando alvo. Por conta disso, a missão exige preparação prévia para garantir a segurança não apenas da pessoa escoltada, como também dos próprios policiais. O despreparo para essa atividade implica em ter nas ruas um policial temeroso. Na Paraíba, apesar dos riscos, os policiais não recebem remuneração específica para fazer escoltas.

Segundo o comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar da Paraíba (Bope-PB), major Jerônimo Bisneto, de uma forma geral, é possível afirmar que todos os policiais do Estado podem fazer esse trabalho. Contudo, ele admitiu que os mais preparados são os que atuam no Bope. A escolta exige, além de treinamento, uma boa dose de disciplina e atenção. Um simples descuido pode pôr todo o trabalho em risco.

Conforme explicou o comandante, os policiais que são escalados para as escoltas geralmente gostam do risco. “Eles são treinados para enfrentar o perigo, então é natural que gostem de ir para o confronto das ruas”, afirmou. Segundo o comandante, fatores adversos interferem no trabalho de escolta. Questões como itinerários, horários, grau de periculosidade da pessoa escoltada, são sempre levadas em consideração no momento de traçar o plano estratégico.

“É uma atividade perigosa e em alguns casos o perigo fica ainda mais evidenciado”, afirmou o major.

O planejamento de cada ação varia de acordo com o grau de dificuldade de cada escolta. Todas as paradas do grupo são pensadas previamente. “O roteiro deve ser seguido à risca”, declarou.

Alguns cursos são realizados, mas nem todos os policiais participam. As vagas, geralmente, são limitadas. Um dos cursos ministrados recentemente foi ofertado para policiais civis de outros estados, e policiais militares e agentes penitenciários da Paraíba. “Eles veem várias disciplinas, têm treinamento físico, de tiro, de natação, além da parte da escolta específica”, declarou o comandante.

O coronel Jefferson Pereira, comandante do Policiamento Regional Metropolitano, disse que não poderia conversar sobre o trabalho das escoltas. Segundo ele, o assunto é muito delicado e deve ser tratado sempre com sigilo, para não revelar as estratégias e resultar na possível fragilidade dos policiais.

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Jornal da Paraíba

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