Esporte ajuda a enfrentar barreiras impostas aos cegos

Entre os campeões estaduais dos Jogos Escolares Paralímpicos está o atleta pessoense Guilherme Mateus, 15 anos, que nasceu cego e pratica atletismo.

Através do esporte, diversos atletas demonstram superação das barreiras impostas pelas necessidades especiais, promovendo a inclusão social e a possibilidade da prática esportiva como forma de enfrentar os próprios limites. Nas competições paralímpicas, que ocorrem em nível estadual e até nacional, os atletas participam de várias competições, como atletismo, provas de natação, futebol e bocha.

Guilherme Mateus já participou dessa competição nas edições 2010 e 2011, em nível estadual, onde garantiu duas medalhas, uma de bronze e outra de ouro, respectivamente, na disputa de salto em distância.

O atleta disse que há seis anos pratica esportes, como natação, golbool e atletismo. Para ele isso é importante para superar as dificuldades e integrar-se a outros atletas com as mesmas limitações.

“Por meio do esporte e do apoio dos meus pais, que também são cegos, eu me sinto mais seguro e disposto para continuar competindo e ganhando medalhas. Além disso, é uma forma de interagir com outras pessoas que são deficientes como eu”, avaliou.

A presidente da Fundação de Apoio ao Deficiente (Funad), em João Pessoa, Simone Jordão, disse que a instituição tem como meta para as próximas ações fortalecer a prática de esporte paralímpicos, como o futebol de cinco, atletismo e golbool, importantes no paradesporto que envolvem as pessoas com deficiência visual.

O presidente da Comissão do Bolsa Atleta da Secretaria de Estado da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), Antônio Meira, reconhece que os atletas paraibanos enfrentam dificuldades para se manterem no esporte. Para amenizar a situação, eles contam com o auxílio do Bolsa Atleta.

“Sabemos que os atletas possuem muitas dificuldades, desde equipamentos e alimentação até viagens e a bolsa vem para somar e complementar essas atividades, objetivando melhorar cada vez mais a condição dos atletas. A retomada do projeto supre esses problemas”, destacou.