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VIDA URBANA

'Esquema' ilegal vende e aluga celular no Róger

Publicado em 20/10/2013 às 8:00


Um 'esquema' montado entre detentos da Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, Róger, em João Pessoa, e comparsas, que são articuladores fora do presídio, tem contribuído para o comércio ilegal de venda e aluguel de celulares dentro da unidade prisional. O processo começa a partir de um contato feito pelo presidiário, passa por um recrutamento de mulheres, no lado de fora, e chega até a estrutura física da penitenciária. No caso das mulheres, elas fazem um contrato de união estável, para terem direito às visitas e poder transportar celulares e drogas para os detentos.

Celulares chegam a valer R$ 1,2 mil e aluguéis custam em torno de R$ 10.

Somente do início deste ano até o final de setembro último, mais de 600 celulares foram apreendidos dentro do presídio do Róger, segundo a direção da unidade, embora garanta que as apreensões tenham demonstrado uma considerável queda. O fato é que se ainda é frequente encontrar celulares na unidade é porque ainda é possível burlar a entrada desse objeto.

De acordo com o diretor adjunto do Róger, Lincon Gomes, o fato de o presídio estar localizado em zona urbana e de ter construção antiga, como as muralhas de baixa altura, contribuem para a entrada de celulares na unidade prisional. “O muro é a principal porta de entrada dos celulares, bem como as visitas.

Mas estamos atentos para abordar qualquer tentativa de acesso de materiais ilícitos na penitenciária, o que pode ser comprovado com a redução de celulares apreendidos, que caiu de cerca de 60 unidades para cinco, por pente fino realizado”, ressaltou.


Apesar do esforço da direção, a partir do momento que os celulares entram no presídio por cima do muro ou através das mulheres, que os escondem nas partes íntimas, começam as articulações para a comercialização do produto, seja para a venda, seja para o aluguel. “Aparelhos que custam R$ 50 em um shopping popular, aqui dentro chega a valer R$ 1,2 mil, isso nos casos de venda. Como são valores altos, o pagamento é feito por depósito bancário na conta do detento, realizado e conferido por pessoas de confiança dos presidiários”, revelou Lincon.

Já para alugar o aparelho e realizar uma ligação, por tempo não informado, o diretor disse que o serviço gera em média a dívida de R$ 10, que por se tratarem de quantias pequenas, a moeda utilizada é a carteira de cigarro. “Recentemente pegamos um detento do pavilhão dois com 70 carteiras de cigarro guardadas em uma sacola, quando por visita só é permitida a entrada de três carteiras. Para um fumante não teria como acumular essa quantidade, o que comprova que o artigo é uma moeda usada para arcar com a despesa”, disse o diretor.

“Eles (detentos) fazem de tudo para conseguir um celular, isso porque é através dele que o traficante manda roubar, sequestrar e matar. Por isso estamos reforçando as ações e medidas preventivas para que possamos dificultar cada vez mais a entrada desse tipo de ilícito. Quem é pego com celular recebe punição administrativa”, completou Lincon.

De acordo com o diretor do Róger, quando os celulares e drogas chegam às mãos dos detentos através de mulheres, são as verdadeiras esposas dos presidiários que assumem o papel de transportar os objetos, mas, na maioria das vezes, se tratam de 'mulheres mulas', ou seja, pessoas que possuem um 'casamento de fachada' com os detentos, respaldadas pelo contrato de união estável.

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Jornal da Paraíba

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