VIDA URBANA
Esquizofrenia é doença comum em manicômio judiciário
Paciente desenvolve quadro de perseguição e, para se defender, acaba atacando um suposto inimigo, segundo médica Andréia Lígia.
Publicado em 19/08/2012 às 14:00
De acordo com a médica Andréia Lígia, psiquiatra do IPF, o diagnóstico mais comum é a esquizofrenia paranoide. Em virtude da doença, o paciente desenvolve um quadro de perseguição e, para se defender, acaba atacando um suposto inimigo.
“Hoje, existem medicações modernas com efeitos colaterais bem mais brandos e que nos ajudam a colocar os pacientes fora dos muros do IPF. A exemplo do que é enviado pelo Ministério da Saúde, temos Olanzapina, Ziprasidona e Quetiapina. Dá para fazer um bom acompanhamento com esses remédios pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), mas lógico que os mais antigos são mais acessíveis”, observa.
Os Caps são dispositivos de atenção à saúde mental e têm como objetivo oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
“A agressividade tem um contexto. Então como é que a família pode se prevenir? Observando, percebendo hostilidades, observando o momento do sono. A medicação minimiza todos os problemas e o acompanhamento no Caps ajuda bastante”, afirma a médica.
Por ano, são liberados entre cinco e dez pacientes e quase não há reincidência. O diretor Luzimar Firmino explica que, quando são aceitos pelos familiares, pacientes e parentes são orientados e ficam em observação por um ano, até que a medida de segurança seja extinta.
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