VIDA URBANA
Estética requer precauções
Busca para beleza, cada vez mais comum, deve ser acompanhada por profissionais especializados nos tratamentos médicos.
Publicado em 22/07/2012 às 10:00
A busca pela vaidade pode representar um risco para a saúde. Quando se fala em beleza, muitas pessoas só levam em conta o custo financeiro e isso pode ser uma armadilha. O motivo é simples: há profissionais despreparados realizando procedimentos estéticos sem a devida qualificação. Algumas ações, inclusive, só podem ser feitas por médicos, mas na prática, a realidade é outra.
A presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia regional Paraíba, Luciana Rabello Oliveira, disse que “nos últimos anos, temos assistido uma grande mudança no campo de atuação médica. Esta vem sendo lenta e sistematicamente invadida por profissionais despreparados e gananciosos, muitos sem o menor preparo técnico ou qualificação”. Na Justiça, o Conselho Federal de Medicina (CFM) briga com o Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) para limitar a atuação desses profissionais.
Conforme explicou Luciana, antes a preocupação era com médicos que não tiveram uma boa formação acadêmica ou de outras especialidades, que se arriscavam na dermatologia apenas para garantir um dinheiro extra. O alerta da Sociedade Brasileira de Dermatologia é para o fato de que a área de atuação da esteticista não está sendo respeitada. Segundo Luciana, o problema se agravou ainda mais, pois diversos profissionais estão atuando como médicos. “Isso coloca em risco a saúde dos pacientes e da sociedade que estão à mercê de profissionais não médicos realizando consultas, indicando tratamentos e até injeção de medicamentos”, afirmou.
Os riscos, de acordo com a médica, são vários. “Podemos citar as complicações inerentes aos procedimentos como infecções, queimaduras, paralisias faciais e reações alérgicas, dentre outros”, declarou. A presidente da SBD-PB disse também que aumentou a frequência de pacientes que chegam aos consultórios dermatológicos reclamando de alguma complicação por conta de um procedimento feito por outro profissional que não o dermatologista. Porém, não soube precisar quantos casos.
A orientação é que as pessoas denunciem situações como essas, tanto à Sociedade Brasileira de Dermatologia como à Vigilância Sanitária. “Infelizmente as pessoas não reclamam com o devido rigor”, lamentou Luciana.
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