icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

Estrutura estragada pode desabar

Problemas estruturais em prédios de Campina Grande oferecem risco para a população.

Publicado em 11/03/2015 às 6:00 | Atualizado em 19/02/2024 às 14:01

Infiltrações, rachaduras, trincas, corrosão. Muitos são os problemas estruturais que afetam as edificações, sejam elas comerciais, residenciais ou institucionais, e que denunciam algum risco para os moradores ou usuários dos imóveis. Em Campina Grande, de acordo com a Defesa Civil, há inúmeros prédios que apresentam falhas estruturais. O coordenador do órgão, Ruiter Sansão, alertou também para a existência de imóveis com risco de desabamento.

Ocasionados pela falta de manutenção das estruturas, muitas vezes antigas ou executadas sem projeto estrutural, as falhas necessitam de cuidados permanentes. Para Ruiter, além da falta de projeto executório, a falta de manutenção preventiva é o que tem contribuído para o aumento dos problemas nos imóveis. “A gente tem identificado constantemente a falta de projetos de execução e acompanhamento. A maioria dos problemas diagnosticados tem origem já nesse déficit”, disse.

Em contraponto, o coordenador da Defesa Civil destaca a superioridade das construções antigas em relação às novas. “É um fato curioso, os prédios antigos se destacam em relação às mais recentes quanto à qualidade do material empregado, empenho dos profissionais e qualidade de execução do serviço.

O problema dos imóveis mais velhos é a falta de adequação aos itens de acessibilidade, sustentabilidade e segurança presentes no Código de Posturas do município. Isso é compreensível porque há edifícios que foram construídos há cerca de 50 anos, quando não havia legislação regulamentadora”, afirmou o coordenador.

Dos problemas constatados, a falta ou inadequação aos itens de segurança são outra questão preocupante nas edificações. Segundo dados do 2° Batalhão de Bombeiros Militar, de Campina Grande, dos 6.679 imóveis vistoriados na cidade em 2014, 229 foram notificados por não apresentaram condições físicas de funcionamento regulares.

“Realizamos vistorias nas edificações anualmente, e muitas vezes constatamos irregularidades quanto aos itens de segurança. Quando isso acontece, emitimos notificação identificando os itens a serem corrigidos e damos prazo para adequação à norma”, afirmou o capitão do Corpo de Bombeiros, Flaubert Barbosa. Os principais itens de segurança vistoriados pelos bombeiros são as saídas de emergência, rede de hidrantes e extintores. (Andréia Xavier)

VISTORIA PERIÓDICA EVITA DANO ESTRUTURAL
Para o engenheiro civil e inspetor titular do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PB), em Campina Grande, Geraldo Magela, a prevenção é a melhor forma de reduzir riscos de acidentes.

“A maioria dos problemas apresentados nas construções surgem de 2 a 3 anos após o término da obra e são provocadas, geralmente, pela má construção e falta de acompanhamento na execução dos projetos por parte do profissional responsável.”

Os cuidados com a estrutura dos imóveis cabem a cada morador e comerciante, que devem verificar periodicamente as condições do prédio. “Da mesma forma que existe a engenharia para executar os projetos, existe a engenharia preventiva. O Crea tem acompanhado muito essas construções da periferia. Acontece que muitas vezes os engenheiros fazem os projetos e não acompanham a sua execução”, afirmou Magela. Ele relatou ainda que o órgão recebe reclamações diariamente sobre rachaduras e outros problemas de ordem estrutural nas edificações.

CHUVA PIORA SITUAÇÃO
O perigo aumenta com o início do período chuvoso. As marquises dos estabelecimentos comerciais são um exemplo de estruturas que precisam de atenção e manutenção constante.

Na última semana, com o temporal que atingiu Campina Grande, as marquises do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e de uma padaria localizada na avenida Assis Chateaubriand, no bairro da Liberdade, desabaram.

Segundo o coordenador da Defesa Civil na cidade, Ruiter Sansão, o que causou a queda das marquises foi a falta de manutenção das estruturas. “A defesa civil esteve nestes dois casos e constatou o problema, que só não foi mais grave porque não houve feridos. Mas que mesmo assim alertamos os proprietários, que devem sempre verificar as condições de seus prédios”, afirmou.

Por isso, ele atenta para os cuidados que devem ser tomados. “Alertamos para que se corrijam as falhas encontradas, de modo que não cause prejuízos a terceiros.” De acordo com o coordenador, em 2014, 112 marquises de prédios foram vistoriadas, destas, em cerca de 35 % a Defesa Civil detectou necessidade de manutenção e alertou os proprietários.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp