VIDA URBANA
Estudante do IFPB desenvolve aplicativo que mapeia casos de assédio sexual
Projeto já tem gerado seus primeiros resultados e deverá será viabilizado pela Secretaria da Mulher do Recife.
Publicado em 31/05/2016 às 16:46
Uma estudante de Design Gráfico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) criou um aplicativo que permite mapear casos de assédio sexual em cidades. Simony César, que estuda no campus de Cabedelo, na Grande João Pessoa, foi uma das vencedoras do concurso 'Hack a City', realizado na sexta (27) e sábado (28), em Recife. O evento lançou aos jovens o desafio de desenvolver soluções para problemáticas que ocorrem dentro das cidades.
Através do aplicativo, será possível mapear os principais casos de assédio na cidade, identificando as linhas que têm maior índice de assédio, o horário, trecho e ainda registros fotográficos dos criminosos. O projeto já tem gerado seus primeiros resultados e possivelmente será viabilizado pela Secretaria da Mulher do Recife. O protótipo, chamado 'Eva', foi desenvolvido em conjunto com estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Simony conta que a ideia surgiu a partir dos crescentes casos de assédio em ônibus e de violência contra a mulher, que ganhou notoriedade da mídia com o caso da jovem violentada no Rio de Janeiro. “Percebi que se faz mais do que imediata a necessidade de ampliar as vozes das mulheres vítimas, uma vez que esse sepultamento do tema só alimenta e colabora a cultura do estupro velada por essa sociedade misógina e machista”, afirma a estudante. A estudante explicou que que o nome Eva tem um significado que remete à história do criacionismo, quando Eva foi expulsa do paraíso. “Representa a quebra da culpabilização da mulher”, disse.
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