Estudantes devem sair de ginásio

A reforma da Escola Estadual José Pinheiro, em Campina Grande, começou em agosto de 2013, mas desde fevereiro do ano passado aproximadamente 360 alunos do Ensino Fundamental estão assistindo aula de forma provisória em nove salas no ginásio de esportes da Vila Olímpica Plínio Lemos, zona leste. A permanência dos alunos no local deverá acontecer até o início do segundo semestre deste ano letivo período previsto para a conclusão da obra.

A decisão de levar os estudantes para a Vila Olímpica foi explicada pela vice-gestora da escola, Elbanise da Cunha, como a única alternativa para que os alunos não parassem de estudar. Segundo ela, a reforma é muito ampla e não possibilita as atividades comuns de educação. “Se nós não viéssemos para cá, não poderíamos continuar o ano letivo. Estamos fazendo o possível para adequar o local, já que sabemos que o ambiente não é o mesmo”, disse Elbanise.

Os estudantes se dividem nos turnos manhã e tarde e convivem com os professores em salas de aula onde antes funcionavam os espaços reservados para as modalidades olímpicas armazenarem material de treino, troféus, medalhas e outros objetos. Contudo, com a depredação do telhado e arrombamento das portas, essas salas ficaram inutilizadas, mas foram recuperadas para que os alunos pudessem assistir aula. As carteiras foram trazidas do prédio oficial da escola e instalados quadros para que os professores tivessem condições de ministrarem as aulas.

“Esse semestre letivo irá se encerrar no dia 18 de junho. Após isso, teremos um recesso e a nossa expectativa é que já no segundo semestre nós possamos voltar para o prédio oficial da escola. Lá está sendo preparada uma estrutura completamente nova, já que a reforma está sendo total. Nós estamos nos esforçando para oferecer as melhores condições para os alunos, mesmo sabendo das dificuldades que temos enfrentado”, acrescentou a vice-gestora. A escola está recebendo um investimento do governo do Estado de R$ 1,9 milhão para a reestruturação.

REVITALIZAÇÃO

Com a previsão da liberação do ginásio no segundo semestre, o diretor da Vila Olímpica, Rostand Paraíba, disse que a recuperação do local deverá acontecer em breve. Ele apontou que já existe um projeto de revitalização do ginásio, construção de uma quadra poliesportiva no local onde está desativada a piscina olímpica, e a construção de outra piscina em menores dimensões para que seja realizada a atividade de hidroginástica.

“Estamos esperando uma conversa com o prefeito Romero Rodrigues, mas já sabemos que podemos receber uma verba de R$ 280 mil que será importante para começar a reestruturação da Vila Olímpica. Estamos com essa ideia de transformar a piscina olímpica em quadra, já que não há condições de manter um aparelho daquele porte. Com essa melhora, iremos atender as necessidades da comunidade que continua utilizando normalmente todos os nossos serviços”, explicou Rostand.