VIDA URBANA
Estudantes reclamam de parada de ônibus
Mudanças no trânsito deslocou ponto de ônibus; em protesto, estudantes reclamaram da distância e do perigo de assaltos.
Publicado em 29/08/2012 às 6:00
As mudanças no trânsito de Campina Grande não estão agradando os estudantes que assistem aulas nas proximidades da Rua Dr. Severino Cruz, às margens do Açude Velho. Além deles, outros usuários do transporte público não aprovaram o deslocamento de um ponto de ônibus da rota 444. Segundo informaram, os pontos ficaram mais distantes e, no local, existe perigo de assaltos. De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), as transformações são necessárias para que o fluxo de veículos diminua um pouco em vias movimentadas da cidade.
A funcionária pública e estudante Socorro Feitosa é uma das passageiras da linha 444, que teve seu ponto transferido, antes localizado em frente à Casa da Cidadania, na Rua Dr. Severino Cruz e, agora, deslocado para a lateral da Cavesa, na Rua Miguel Couto. “Infelizmente eu não gostei da mudança, porque aumentou o tempo que a gente passa dentro do ônibus. Eu passo mais 15 minutos, porque a rota do veículo agora é maior”, opinou.
A transferência do ponto também provocou manifestações de alguns universitários que estudam próximo à Severino Cruz, que se tornou mão única desde a manhã da última segunda-feira. O protesto foi realizado no mesmo dia e chamou a atenção da Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos, que instalou mais uma parada na Rua Vila Nova da Rainha.
Segundo Salomão Augusto, superintendente da STTP, as mudanças no trânsito estão acontecendo com um único objetivo: a fluidez de veículos. Ela contou que, hoje, Campina Grande comporta 177 mil veículos. “A cidade está crescendo e junto com ela a quantidade de veículos. As ruas centrais não podem ser ampliadas, então nós realizamos estudos técnicos para avaliar as possibilidades de mudanças, que não são feitas de qualquer maneira”, afirmou.
O superintendente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Sitrans), de Campina Grande, Anchieta Bernardino, informou que os usuários reclamam principalmente pela insegurança da Severino Cruz, na parte da noite. “Os estudantes têm que andar mais para esperar o ônibus e aquela localização oferece risco de assaltos”, disse. De acordo com ele, o sindicato já havia solicitado à STTP a permanência do ponto de ônibus de antes. “A Severino Cruz possui quatro faixas. Eles poderiam ter deixado uma faixa para os ônibus, para o fluxo contrário e isso não atrapalharia a fluidez no trânsito”, opinou.
Em nota, a Transnacional informou que antes fazia o trajeto do começo da Severino Cruz até o Bar do Cuscuz em três minutos, mas com a mudança os ônibus seguem pela Miguel Couto, João da Mata e Vila Nova da Rainha, gastando 10 minutos para chegar às proximidades do mesmo bar. A empresa informou que vem recebendo reclamações constantes dos usuários sobre os atrasos nas linhas 444.
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