VIDA URBANA
Evasão escolar causa Ideb ruim
Abandono dos alunos é apontado como o fator que mais pode ter contribuído para o baixo desempenho
Publicado em 26/08/2012 às 8:00
O abandono dos alunos é apontado como o fator que mais pode ter contribuído para o baixo desempenho da Escola Estadual Isabel Rodrigues de Melo, no distrito de Galante, em Campina Grande, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O educandário obteve a pior nota da Paraíba, para o 9º ano do Ensino Fundamental, o que representa uma queda de mais de 50% em relação ao último índice da escola no exame. Por conta do índice, a antiga direção da escola pediu exoneração e o novo diretor pretende reformular o plano pedagógico do colégio.
A escola tem boa infraestrutura e 437 alunos matriculados, do 5º ao 9º ano do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio. No local, há laboratórios de Informática, Física e Química, mas o maior desafio dos estudantes é concluir os estudos.
“Grande parte deles reside na zona rural, em comunidades que ficam longe da escola. E aí infelizmente essa distância acaba contribuindo com a evasão escolar no colégio”, explicou o diretor do Isabel Rodrigues, Manoel Mendes Aragão Neto.
O índice da escola em 2009 foi de 2.1 e no ano passado este índice foi de apenas 0.9. A expectativa do MEC era de que em 2011 a nota chegasse a 2.4, mais que o dobro da nota obtida. A escola foi inaugurada em 2008 e as provas do Ideb foram aplicadas em novembro de 2011. Uma deficiência é no quadro de funcionários. Atualmente, a escola conta com 27 professores, mas 20 são prestadores de serviço e apenas 7 efetivos. Entre os 25 funcionários que trabalham em setores de apoio, apenas 1 é efetivo.
“Estamos reavaliando e reestruturando o projeto da escola.
Iremos implantar as semanas de prova, plantão pedagógico e queremos incentivar alunos e professores a se mobilizarem em torno da melhoria desse índice. Para isso, também iremos convocar os pais a trabalharem em parceria. Um projeto que pretendemos colocar em prática também é prepararmos nossos alunos para o Enem e a Prova Brasil, assim como para outros processos seletivos que possam aparecer”, destacou Manoel Mendes.
“Aqui a gente se sente bem. Tem merenda, professores em sala de aula e o conteúdo está sendo repassado. Acho que o grande problema foi somente essa prova, que os estudantes não estavam preparados”, comentou a estudante Fátima Alice, que está no 8º ano do ensino fundamental.
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