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VIDA URBANA

Exemplo de luta e determinação

Heloísa Nóbrega tem síndrome de Down e, após ser atendida pela Apae, colabora com um projeto de leitura dentro da instituição.

Publicado em 21/03/2015 às 6:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 13:06

Aos 33 anos, Heloísa da Nóbrega dedica boa parte do seu tempo como voluntária de um projeto de leitura na biblioteca da Apae de Campina Grande, ainda é a representante oficial de vários usuários da unidade e se responsabiliza por organizar e programar passeios para escolas, museus e parques onde são desenvolvidas atividades físicas e educativas. Muita responsabilidade para apenas uma pessoa? Ela acha que não.

Muito criativa na maneira de elaborar atividades externas para os usuários da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Heloísa desenvolveu essa característica durante os mais de 10 anos de atendimento clínico e educacional que recebeu na unidade de Campina Grande. “Eu levo meus amigos para a biblioteca, eles escolhem um livro e eu faço a primeira leitura. Depois vou ajudando eles a ler melhor. Isso é bom porque eles entendem a história e fica mais fácil melhorar a leitura”, disse Heloísa, que é portadora de síndrome de Down.

“Quando eu nasci meu pai não me aceitou. Ele tem outra família. Aí fui criada só por minha mãe que depois de conhecer mais sobre as crianças especiais me trouxe para a Apae e eu puder aprender muitas coisas”, disse a jovem em depoimento para mais de 40 portadores de Down atendidos na Apae na manhã de ontem durante as atividades do Dia da Infância e da Síndrome de Down. A coordenadora pedagógica, Rossana Carvalho, explicou que características como criatividade e companheirismo estão muito presentes em quem tem a síndrome.

“Eles são muito compreensivos, amorosos, extremamente criativos e têm uma resposta para tudo. Essas características aparecem para suprir as dificuldades de fala, aprendizagem e coordenação motora. Por isso realizamos um trabalho integrado entre a parte clínica e educacional para que eles possam se desenvolver bem e chegar o mais longe possível. Uma ex-aluna nossa hoje faz faculdade de Educação Física em Patos e é mais uma prova de onde eles podem chegar”, explicou Rossana Carvalho.

Prestando atendimento para mais de 440 usuários atualmente, e com uma lista de espera com outras 400 pessoas aguardando uma vaga, a Apae de Campina Grande é a esperança para muitas famílias que precisam de um serviço especializado para educação e tratamento de saúde para crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais.

Em Campina Grande e região a Apae estima que existam pelo menos duas mil pessoas portadoras de Síndrome de Down, e que por isso é necessário um investimento maior para que mais pessoas possam ter acesso aos serviços especializados. “Nós contamos com as doações das pessoas para ampliar nossos serviços”, afirmou a coordenadora.

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Jornal da Paraíba

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