VIDA URBANA
Exército vai ficar mais 90 dias na luta contra o Aedes aegypti na PB
O apoio dos militares no combate ao mosquito seria até sexta, mas o Estado pediu prorrogação .
Publicado em 02/03/2016 às 8:00
Criada para dar maior credibilidade e eficiência nas visitas domiciliares de prevenção e combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, a parceria entre o Exército e a Saúde, iniciada no mês de janeiro em toda a Paraíba, deve continuar por mais 90 dias. Até o momento, as ações deixam um saldo positivo. De acordo com o Ministério da Saúde, na Paraíba já foram visitados 1.237.535 imóveis em 221 municípios até o último dia 25, dos quais 239.106 estavam fechados ou se recusaram a receber as equipes.
De acordo com o tenente-coronel Reis, oficial de operações do 1º Grupamento de Engenharia e responsável pelas ações de combate ao Aedes aegypti na Paraíba, o apoio dos militares deveria se encerrar na próxima sexta-feira, mas o Estado solicitou que eles continuassem por mais 90 dias. “Recebemos a solicitação na semana passada para que os nossos 260 homens, que estavam em atuação em todo o Estado – dos quais 60 atuando na Região Metropolitana e 10 em Campina Grande – continuassem por 90 dias com o mesmo efetivo. Tivemos baixas no Exército, mas continuaremos a dar o apoio até o fim de maio, com o mesmo número de homens”, assegurou.
CAMPINA GRANDE
Somente em Campina Grande, em menos de dois meses – até o dia 29 de fevereiro – as equipes realizaram 120.562 visitas. Segundo a Vigilância Ambiental, foram encontrados durante as vistorias 4.616 focos do mosquito, que é vetor do vírus da dengue, zika e chicungunya.
Os homens do Exército atuam realizando visitas e inspeções nos domicílios juntamente com agentes de combate a endemias e agentes de saúde. Quando iniciada, em 12 de janeiro, a operação contava com um efetivo de 60 soldados apenas em Campina Grande, em 30 duplas e cerca de 200 agentes de saúde. No entanto, atualmente, apenas 10 militares, em cinco duplas prestam o auxílio, por conta do licenciamento do serviço militar obrigatório, explicou o coordenador da operação, major Ricardo Sanchez, que também avalia como positiva a parceria, tendo em vista que a presença dos militares credita mais confiança à ação de visitas. Por dia, no início da operação, as equipes chegavam a visitar 600 casas em Campina.
“Muitas dificuldades que eram encontradas pelos agentes, como o receio da população, foram minimizadas com a presença do Exército. Os próprios agentes nos relataram que a receptividade foi bem maior. Já os moradores, que muitas vezes temem abrir suas portas para que entre um estranho, tiveram mais segurança, mais confiança. O nosso único obstáculo são mesmo as casas fechadas, quando os proprietários vão trabalhar, por exemplo. A não ser essa limitação, não tivemos problemas, avaliamos essa parceria de forma bastante positiva”, afirmou o major.
A coordenadora de Vigilância Ambiental e Zoonoses de Campina Grande, Rossandra Oliveira, também avalia a parceria como positiva e informou que houve diminuição do índice de infestação nos locais onde os soldados atuaram. (Colaborou Othacya Lopes)
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