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VIDA URBANA

Expectativa de vida na Capital é comparável à da Noruega e Etiópia

Secretaria de Planejamento revela que Pedro Gondim e Brisamar têm os maiores índices em João Pessoa. Por outro lado, longevidade no São José é de 54 anos.

Publicado em 28/02/2010 às 8:06

Jacqueline Santos
Do Jornal Paraíba

Viver mais e melhor: eis o desejo de qualquer pessoa. Para quem mora em João Pessoa, o cenário de expectativa de vida se mostra bem distinto de acordo com o bairro em que se resida. Um relatório repassado pela Secretaria de Planejamento do Município (Seplan) mostra que, no quesito longevidade – um dos indicadores sociais usados no cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a situação aparece bastante favorável em pelo menos dez bairros pessoenses.

Os dados são referentes ao período entre 1998 e 2005 e mostra que a expectativa de vida ao nascer de quem reside no Pedro Gondim (85,32) e no Brisamar (80,91), por exemplo, era bem mais elevada do que em países como a Noruega (80,5), primeiro lugar no IDH, e o Japão (82,7), nação onde os habitantes vivem por mais tempo, segundo levantamento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Os números dos países são relativos a 2007, mais recentes, divulgados do ano passado.

No componente longevidade, os lugares de destaque em João Pessoa são ainda o bairro dos Estados, Expedicionários, Cabo Branco, Jaguaribe, Tambaú, Tambiá, Jardim Cidade Universitária e Bessa (incluindo Oceania e Aeroclube). A média de vida no bairro dos Estados, localidade que ocupa a terceira posição no ranking elaborado pela secretaria corresponde a 79,05.

A secretária Estelizabel Bezerra, da Seplan, explica que os resultados refletem a melhoria na qualidade de vida dos moradores da capital na sua totalidade e medidas estão sendo adotadas para que os patamares alcancem níveis bem mais elevados. Segundo a diretora de Vigilância à Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Júlia Vaz, programas para promover a saúde da população, como o João Pessoa Vida Saudável criado em 2007, influenciam nos resultados dos indicadores de saúde.

Foi no João Agripino, que fica próximo ao Brisamar e também possui elevado grau de expectativa de vida (74,23 anos), que Maria Alice de Sousa, de 68 anos, e Francisco Henrique de Sousa, 72 anos, decidiram viver há 35 anos, assim que casaram. O Centro da cidade, onde foram morar inicialmente, não era mais considerado o ideal para uma família que estava nascendo.

“Começaram a vir os filhos e queríamos mais tranquilidade e conforto. O bairro tinha acabado de ser construído, mas o local denunciava que não haveria melhor para quem visa à qualidade de vida. A brisa é muito boa, afinal, estamos perto do mar”, conta a comerciante, lembrando da proximidade do local com centros comerciais, “o que facilita a vida de qualquer pessoa”.

A professora Maria da Penha da Silva também escolheu morar no bairro há mais de 30 anos, poucos anos após chegar do Rio de Janeiro. A alteração veio por conta da decisão do marido, que atuava como engenheiro em uma empresa de telefonia, em mudar de emprego e de cidade. A primeira residência na capital paraibana foi no bairro Cidade dos Funcionários I, mas logo aconteceu a mudança. “A estrutura do local e também da própria residência era bem inferior e optamos por trocar de casa. Na época, meu esposo havia aceitado uma proposta para trabalhar aqui”, lembra.

Com 57 anos e mãe de dois filhos, Penha se recorda de que muitos fatores os levaram a trocar de bairro. Um deles está ligado à infraestrutura encontrada no João Agripino. A rua não tinha calçamento, mas já havia rede de esgoto e o clima era agradável, como ela conta. “Próximo da minha casa, dava para ver o mar. O ar saudável e aquela sensação de estar vivendo melhor foi um dos pontos positivos que nos fizeram permanecer aqui, já que pagávamos aluguel e depois compramos uma casa”, detalha. A tranquilidade e segurança também foram favoráveis para que a professora não procurasse outra área para viver.

O cenário, visto há mais de três décadas, não é o mesmo, claro. A insegurança tem alcançado patamares elevados, os arranha-céus construídos ao longo dos anos bloquearam a paisagem com vista para o mar e o ar não é tão puro como antes. Mesmo assim, Penha não troca o Brisamar por nenhuma outra região da capital. “Somente quando me aposentar penso em ir para um bairro mais próximo da praia, para fazer minhas caminhadas ao longo da orla”, excetua.

O índice médio de longevidade da cidade de João Pessoa, computado entre os anos de 1998 e 2005, era 67,57, uma evolução de 3,65% nesse período. Já a expectativa de vida ao nascer do cidadão pessoense ficou em 71,35 anos, no intervalo de tempo citado.

Associado ao IDH Educação – medido pela taxa de alfabetização e a taxa bruta de matrículas – e ao IDH Renda, que considera o PIB real per capita em dólares ou a renda familiar per capita (no caso de regiões, Estados e municípios brasileiros), o fator longevidade ajuda a mostrar o perfil dos moradores de determinada localidade.

No caso dos bairros de João Pessoa, esse indicador apresenta a realidade que pode ser aplicada também aos outros dois componentes medidos para se chegar ao Índice de Desenvolvimento Humano, divulgado pelo Pnud.

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Jornal da Paraíba

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