VIDA URBANA
Faixas de pedestres da capital estão apagadas
Falta de manutenção nas faixas para travessia de pedestres em vários pontos do Centro da capital põe pessoas em risco.
Publicado em 31/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 17:25
Um dos direitos do cidadão é atravessar a via pública, de um lado ao outro, com segurança por meio do uso da faixa de pedestres, como é previsto no Código Nacional de Trânsito (CNT). No entanto, a falta de manutenção nas sinalizações horizontais em João Pessoa, vista facilmente em vários pontos do Centro, está violando esse direito da população, resultando no desrespeito dos condutores e colocando a vida dos pedestres em risco. A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) garante que os reparos são feitos com frequência.
A pintura de faixa de pedestres está entre os requerimentos apresentados por parlamentares na Câmara Municipal de Vereadores e aprovados no primeiro semestre deste ano.
De acordo com o artigo 70 do CNT, os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para este fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições do mesmo código. Já o artigo 214, do mesmo código, prevê penalizações para quem desrespeitar a lei, que variam de infração grave à gravíssima e multa.
Na Rua Diogo Velho, no Centro, em frente à Câmara Municipal de Vereadores, localizada na rua das Trincheiras, na esquina do Mercado Central, na Praça 1817, em frente à casa de João Pessoa, entre outros pontos, é possível ver que as faixas de pedestres estão desgastadas e dificultam a visualização.
Atravessar a rua nessas condições é arriscado, como relatou o correspondente bancário Wéllison Santos. “Normalmente, os motoristas já não respeitam a travessia dos pedestres e a faixa estando apagada, então... Infelizmente é um risco que corremos.
É contar com a boa vontade e educação dos condutores que sabem que ali há uma faixa de pedestres, mesmo ela não estando tão visível”, declarou.
A dona de casa Rosa Maria também denuncia o desrespeito ao pedestre. “Nós fazemos a nossa parte atravessando na faixa, mas muitas estão apagadas e os motoristas pensam que elas não existem mais. É um desrespeitando à vez do pedestre, que atravessa com medo, correndo e ainda o risco de tropeçar, cair e ser surpreendido por algum veículo”, ressaltou.
Apesar das declarações da população e das faixas apagadas, flagradas pela reportagem na manhã de ontem, a Semob informou que a revitalização das sinalizações horizontais são realizadas frequentemente por meio da Divisão de Sinalização de Área do órgão. A divisão é responsável por circular na cidade para identificar o estado de conservação das pinturas na pavimentação das vias urbanas e reacender as que necessitam.
Entretanto, as ações esbarram nas condições de atendimento, cuja demanda pelo serviço é bem maior que a realização dos mesmos, que seguem um cronograma, priorizando as faixas que possuem maior travessia de pedestres. As demais sinalizações horizontais têm o reparo encaixado dentro do calendário de atividades do setor.
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