VIDA URBANA
Falha na cobertura de vacina preocupa
Em 2010, o Estado teve sete notificações e três confirmações. No resto do país, a situação ainda é mais preocupante.
Publicado em 23/10/2011 às 6:30
Falha na cobertura vacinal é apontada como a principal causa da dificuldade em erradicar a coqueluche. Apesar de ser altamente infecciosa, a doença costuma apresentar poucos registros e chegou até a ser considerada praticamente extinta pelos pediatras. No entanto, só este ano, ocorreram sete notificações e um caso confirmado na Paraíba, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.
Em 2010, o Estado teve sete notificações e três confirmações. No resto do país, a situação ainda é mais preocupante. Em 2010, o Brasil confirmou 291 casos de coqueluche. Só nos primeiros dez meses de 2011, esse número já foi superado em dobro, já que a quantidade da doença chegou a 583. O aumento foi acima de 100%. A coqueluche ataca o aparelho respiratório, gera problemas na traqueia e nos brônquios e pode matar crianças com até seis meses de vida.
Os dados do Sinan mostram que a ocorrência da coqueluche na Paraíba está variando. Em 2006, por exemplo, houve apenas um caso confirmado. No ano seguinte, os registros subiram para dois. Em 2008, aconteceu um novo salto e a Paraíba contabilizou oito doentes. Já nos 12 meses seguintes, a quantidade voltou a cair e ficou apenas em um.
O crescimento é visto com preocupação pelo secretário da Vigilância em Saúde do Ministério de Saúde, Jarbas Barbosa. Ele explica que o ciclo da coqueluche vem aumentando a cada cinco anos. Mesmo com a vacina sendo oferecida pela rede pública de saúde, a erradicação da doença está ameaçada por falta de empenho dos pais.
De acordo com o secretário, a meta das campanhas de vacinação realizadas pelo governo federal busca contemplar em torno de 95% dos habitantes, mas esse índice deixa de ser alcançado devido à falta de participação da própria população.
“Há pais que acabam sempre relaxando, que não mantêm o cartão de vacinação em dia e acham até que por, fazerem parte da classe média, os filhos não vão ficar doentes. Mas a criança, sem imunização, vai à escola e pega a doença lá”, observou.
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