VIDA URBANA
Falta estacionamento público
Quantidade insuficiente de vagas para estacionar é mais um problema ocasionado pelo crescente aumento da frota de veículos na capital.
Publicado em 30/03/2012 às 6:30
Até dezembro deste ano, a frota de João Pessoa deverá subir dos atuais 328 mil veículos para 370 mil, segundo expectativa do Departamento de Trânsito da Paraíba (Detran/PB), que prevê crescimento mensal de pouco mais de 1% até o final do ano. Com isso, a capital terá a média de um veículo para cada dois habitantes, já que a população da cidade está estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em pouco mais de 723 mil pessoas.
No mesmo ritmo em que aumenta a quantidade de carros e motos nas ruas, também crescem os transtornos causados aos condutores. É que os espaços públicos para estacionar os veículos estão cada dia mais raros. As 1.330 vagas rotativas existentes no centro da cidade são insuficientes para atender à demanda. Em áreas movimentadas, como a Praça João Pessoa, o caso já resultou em multas e até em problemas acadêmicos.
No local, funcionam as sedes da Assembleia Legislativa, do Palácio do Governo, do Tribunal de Justiça e da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Esta instituição não tem estacionamento privado e os alunos enfrentam dificuldades para encontrar vagas nas ruas. Eles afirmam que os veículos oficiais dos outros três órgãos públicos ocupam a maioria dos espaços existentes em vias públicas e as demais vagas restantes são insuficientes para o uso da população.
Os universitários também reclamam das normas rígidas do serviço da Zona Azul, empresa terceirizada pela Prefeitura para administrar o estacionamento de veículos em áreas públicas.
Pelas normas, os condutores pagam o valor de R$ 1,30 para deixar o carro estacionado, em área pública, por até duas horas.
Ao final do período, o proprietário precisa retornar ao local para retirar o veículo, sob pena de ser multado em R$ 53,00 e ganhar três pontos na Carteira de Habilitação. Quem preferir, ainda pode comprar dois bilhetes de uma só vez e, assim, garantir a permanência no lugar por quatro horas. Mas, ao fim desse tempo, o carro precisa ser removido para outra vaga.
“Isso é um absurdo, porque a gente precisa sair da aula, para retirar o carro, caso contrário, somos multados”, reclama a aluna Mayara Fernandes, que já foi obrigada a pagar R$ 53 de multa e recebeu três pontos na carteira de Habilitação, por ter estacionado em local proibido.
“Estava correndo para assistir aulas e um flanelinha me ajudou a estacionar. A área estava com faixas apagadas e não deu para perceber que era de estacionamento proibido. Havia outros carros no local, mas apenas o meu foi multado”, justificou.
HORÁRIOS
Outro motivo de reclamação é o horário de funcionamento do trabalho da Zona Azul. "A gente começa a estudar às 7h, mas os funcionários da Zona Azul só chegam aqui às 7h30. Por causa disso, a gente precisa estacionar o carro e, depois de meia hora, sair da aula, para retirar o bilhete. Se estivermos em prova e não pudermos sair da sala, somos multados. Eu mesma já fui”, conta a a estudante do 5º período de Direito, Isabelle Carneiro.
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