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VIDA URBANA

Falta informação por parte dos pais

Falta de informação dos pais reduz quantidade de crianças matriculadas na educação especial.

Publicado em 11/09/2012 às 6:00

A falta de informação por parte dos pais é outro fator que reduz a quantidade de crianças que precisam de educação especial nas creches. A pedagoga Sandra Verônica Chaves é especialista em educação inclusiva e coordenadora da Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação de João Pessoa. Ela explica que muitas mães evitam colocar os filhos nas creches, nos primeiros anos de vida, por acreditarem que, assim, os deixarão mais seguros.

“Quando a deficiência é mais evidente, em casos de surdez, por exemplo, as crianças com dois, três anos de idade não são colocadas nas creches pelas mães, porque estas acham que, em casa, no aconchego do lar, as crianças estarão mais seguras e se desenvolverão mais. Mas isso não é verdade. É na creche que o aprendizado é maior”, analisa.

Quando a assistência oferecida é de qualidade, a especialista garante que é possível alfabetizar as crianças com deficiências físicas ou mentais. Em João Pessoa, existem dois locais que oferecem assistência a crianças com necessidades especiais.

Um deles é a Funad, que funciona no bairro dos Estados; o outro é o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Caps) instalado em Tambiá. Neste local, há uma equipe multiprofissional, formada por médicos, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais, preparados para atender os estudantes e ajudá-los a superar as dificuldades de aprendizagem.

“As crianças são matriculadas normalmente nas escolas e creches e fazem o tratamento médico em horário oposto ao do colégio”, destaca Verônica.

Na rede pública, os alunos que precisam de educação especial estudam nas mesmas salas em que estão outros estudantes que não apresentam nenhum tipo de limitação física. O que muda é o tratamento e a metodologia de ensino repassados a eles. “É possível alfabetizar crianças com deficiências, apesar desse aprendizado levar mais tempo. Em casos de paralisia cerebral, por exemplo, a criança costuma apresentar um desenvolvimento cognitivo normal. A dificuldade maior é na locomoção, mas o cérebro funciona bem. Para isso, os nossos professores recebem cursos de capacitação para lidar com esse alunado que exige atenção diferenciada”, disse a coordenadora.

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Jornal da Paraíba

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