VIDA URBANA
Falta larvicida para combater o mosquito da dengue em CG
Mais recente boletim da dengue divulgado mostrou índice de infestação de 4,9%, classificado como de risco de epidemia.
Publicado em 02/10/2015 às 8:20
Os 169 agentes ambientais da Prefeitura de Campina Grande trabalham desde o início da semana sem produto utilizado para matar as larvas do mosquito(Aedes aegypit) transmissor da dengue, da chikungunya e do Zika vírus. Sem o produto, o trabalho para controlar e reduzir os índices de infestação fica comprometido. A Gerência de Controle de Endemias da Secretaria de Saúde informou que o larvicida é repassado pelo governo federal e não tem prazo para chegar. O mais recente boletim da dengue divulgado em março deste ano mostrou índice de infestação de 4,9%, classificado como de risco de epidemia.
A falta de larvicida para combate ao mosquito começou em maio deste ano, quando as remessas do produto caíram dos 40 quilos mensais para apenas 10 quilos. A gerente de endemias da Secretaria Municipal de Saúde, Rossandra Oliveira, explica que o produto é repassado pelo Ministério da Saúde para a Secretaria Estadual (SES), que envia para as prefeituras.
A SES foi questionada sobre a falta de larvicida, através de e-mail enviado para sua Assessoria de Comunicação, mas até o fechamento dessa edição não se pronunciou sobre o assunto. Em João Pessoa, o coordenador da Vigilância Ambiental e de Zoonoses da prefeitura, Nilton Guedes, afirmou que o município tem larvicida.
A supervisora geral dos agentes de Campina Grande, Silvania Carla, explica que mesmo sem o larvicida, o trabalho de visita aos 191 mil imóveis das zonas urbana e rural não foi interrompido. Ontem pela manhã ela acompanhou a visita no bairro da Palmeira. Lá não foram encontradas larvas do mosquito transmissor da dengue, mas todas as orientações para prevenir os problemas foram repassadas.
Outra estratégia para combater as larvas do mosquito Aedes aegypit é o peixamento de cisternas e grandes tanques. Em agosto e setembro, foram colocados 725 peixes em 286 reservatórios das zonas urbanas e rural.
Rossandra Oliveira explica que a falta do larvicida aumenta a preocupação da Secretaria Municipal de Saúde no combate ao vetor da dengue, da chikungunya e do Zika vírus, principalmente quando a população se prepara para enfrentar o aumento no racionamento de água.
Segundo o levantamento rápido do índice de infestação de Campina Grande de abril, a cidade registrou 4,9%, considerado um percentual de risco de epidemia pelo Ministério da Saúde. Nele, também foi confirmado que do total de imóveis visitados, 94,4% dos criadouros do mosquito estão em tonéis, cisternas e caixas d’água.
Comentários