VIDA URBANA
Falta ortopedista nos hospitais de Campina
O reduzido quadro de ortopedistas em outras unidades de saúde do município fizeram dobrar a demanda no Hospital de Trauma em CG.
Publicado em 22/11/2011 às 6:30
O reduzido quadro de médicos ortopedistas que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em Campina Grande, provocou um aumento de 50% no número de cirurgias ortopédicas realizadas em outubro, no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes.
Segundo o diretor-técnico do Hospital de Trauma, Flawbert Cruz, por mês eram realizadas entre 100 e 150 procedimentos envolvendo ortopedia, mas somente no mês passado foram realizadas 319 cirurgias no local. “Registramos este ano uma queda de 60% nos atendimentos em ortopedia nos hospitais da cidade que atendem pelo SUS, o que tem provocado a superlotação do Trauma”, explicou.
De acordo com Flawbert, mesmo com um quadro de 21 ortopedistas, a demanda no Trauma não consegue ser atendida satisfatoriamente. “Os procedimentos de menor complexidade ficam na fila de espera, temos que priorizar o atendimento de crianças, idosos e as urgências”, disse.
No Hospital Dom Pedro I, no bairro do São José, é possível encontrar ortopedistas de plantão apenas três vezes por semana. Três profissionais atendem no local, as fichas para atendimento são entregues a partir das 5h da manhã, com limite de 20 por dia.
O aposentado João Antônio da Silva, 71 anos, foi um dos que procuraram atendimento no local e retornou. “A revisão da minha cirurgia foi marcada para sexta-feira, tentei ser atendido hoje, mas não foi possível”, contou ele, que sofreu um acidente de moto há um mês e precisou passar por uma cirurgia para colocação de pinos na perna esquerda.
Já na Clipsi, no Centro, o atendimento está sendo realizado por três ortopedistas, apenas na segunda, terça e sexta-feira, com plantão no final de semana.
De acordo com José Marcos de Lima, diretor-geral da Clipsi, a unidade conta com cinco médicos nesta especialidade. “Estamos procurando solucionar este déficit nas quartas e quintas, pois dois profissionais estão afastados por motivos de saúde”, declarou.
A diretora técnica do Hospital Pedro I, Alba Medeiros, disse que o hospital tem um déficit de dois profissionais, já que o ideal é um médico por dia. “Estamos com o quadro de médicos incompleto e devido às dificuldades financeiras não estamos podendo contratar outros profissionais pelo valor que eles exigem”, destacou.
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