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VIDA URBANA

Faltam docentes e técnicos no IFPB

Auditoria revelou que IFPB está com déficit de 10% de profissionais; TCU diz que carência põe em risco a qualidade dos serviços educacionais.

Publicado em 17/04/2013 às 6:00


Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB) constatou que a instituição está com déficit de 10% de profissionais, entre professores e técnicos de laboratório, que corresponde a carência de 152 profissionais nas unidades paraibanas. O trabalho foi realizado nos outros 37 Institutos Federais (IFs) de todo o país com o objetivo de identificar problemas, como evasão escolar, estruturas de ensino, pesquisa e extensão, e infraestrutura e suporte à prestação dos serviços educacionais.

A auditoria do TCU foi desenvolvida de agosto de 2011 a abril de 2012. Embora a situação do IFPB se apresente com menos problemas, se comparado a outros institutos do país, conforme o documento do TCU, a carência de docentes e técnicos põe em risco a qualidade dos serviços educacionais e prejudica o andamento normal do fluxo dos cursos.

Um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica da Paraíba (Sintef-PB), Crisvalter Medeiros, acredita que a falta de funcionários no IFPB se deve à falta de planejamento na expansão dos campus. “Houve uma expansão intensa do ensino tecnológico a partir de 2008 e isso gerou uma precarização da educação, não só aqui, mas em todo o país”, comenta.

Ainda de acordo com Crisvalter Medeiros, as unidades do IFPB em Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa, e Princesa Isabel, no Sertão, são as mais afetadas com a falta de infraestrutura e carência de profissionais. “Em Princesa Isabel, a escola funcionou, por três anos, de forma precária em um prédio cedido por uma igreja, ao lado de uma padaria, onde o calor era insuportável. Hoje os alunos assistem aulas no prédio da antiga escola agrotécnica, mas o local não tem infraestrutura para laboratórios e salas de aula confortáveis”.

O representante do sindicato explicou ainda que os profissionais que trabalham no interior não têm apoio de moradia e não recebem auxílio de transporte para se deslocarem até a instituição.

“Em Cabedelo, o prédio para receber os alunos também está com infraestrutura inadequada, funcionando em um prédio cedido, sem espaço e equipamentos para as aulas práticas”, revela Crisvalter Medeiros. O sindicalista acredita que os 824 docentes e 701 servidores técnicos administrativos não são suficientes para atender à demanda dos alunos. No entanto, o diretor não soube precisar qual seria o quantitativo necessário para suprir as dificuldades.

Em João Pessoa, os alunos dos cursos integrados de Mecânica e Edificações contam que ficaram sem professores em uma das disciplinas técnicas e de informática, no início do período letivo este ano. “Ficamos um mês sem professor de Técnica de Materiais e de Informática. Para não ficarmos sem as aulas, o professor de Química substituiu o professor de Técnica e depois ainda tivemos aulas aos sábados”, disse o estudante do primeiro ano Renato César.

Diante dos resultados da auditoria, o TCU determinou à Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica, unidade do Ministério da Educação responsável pela supervisão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, que encaminhe, em 180 dias, planos de ação para sanar as dificuldades relatadas e medidas voltadas a promover a redução do déficit de docentes e técnicos de laboratório.

O pró-reitor de Ensino do IFPB, Paulo de Tarso Costa, explica que a falta de professores ocorre porque os docentes abandonam as unidades quando são convocados por outros concursos. Além disto, o Ministério da Educação e Cultura (MEC), devido à Lei dos Códigos de Vagas, está liberando aos poucos a permissão para a contratação de novos professores e técnicos para os IFs.

“O MEC só começou a liberar os códigos de vagas a partir do segundo semestre do ano passado. Isso atrasou o planejamento de contratação de pessoal. Outro problema são os professores que passam em outros concursos e pedem demissão”, completa.

Sobre a precariedade nos institutos de Cabedelo e Princesa Isabel, apontada pelo Sintef-PB, o pró-reitor adiantou que as obras dos prédios estão em fase de conclusão e devem ser entregues até setembro.

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Jornal da Paraíba

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