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VIDA URBANA

Faltam leitos para tratamento de câncer nos hospitais da Paraíba

Estado só tem oito leitos destinados a cuidados paliativos na área de oncologia; deveria haver 126 entre hospitais de JP e CG.

Publicado em 05/07/2015 às 8:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 13:24

O aposentado Francisco José de Sousa vivencia um drama enfrentado por centenas de paraibanos que necessitam de cuidados hospitalares paleativos na área oncológica. Ele está internado no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, porque nenhum dos serviços nessa especialidade na cidade possui leitos habilitados para realizar esse tipo de atendimento.

Francisco Sousa internou-se no Hospital de Emergência e Trauma no dia 23 de junho, quando começou a apresentar complicações no seu tratamento quimioterápico. O objetivo era regularizar seu estado e depois ser transferido para o Hospital da FAP, mas seu estado agravou-se e não existe previsão quando a transferência poderá ocorrer.

Sua filha, a estudante Daniela Gonçalo, explica que o atendimento no Hospital de Trauma não é o ideal, porque lá não existem cancerologistas e a maior parte dos médicos prioriza o atendimento aos pacientes que chegam ao local com risco de vida. “Eles já deveriam ter passado por uma cirurgia, mas os cirurgiões estão sempre ocupados”.

Atualmente, existem apenas oito leitos na Paraíba destinados a cuidados paliativos na área de oncologia. Segundo o setor de regulação da Secretaria Estadual de Saúde, deveriam existir 126 nos diversos hospitais de referência em Campina Grande e João Pessoa.

A quantidade foi estabelecida pela portaria Nº 140, de fevereiro de 2014, do Ministério da Saúde, que determina que 5% dos leitos existentes no Estado devem ser destinados aos cuidados paliativos.

A gerente de regulação do órgão, Mércia Santos, explica que para a implantação dos novos leitos, os hospitais devem passar por um processo de requalificação que inclui mudanças nos serviços oferecidos, na sua estrutura e nos equipamentos disponíveis. Ela revela que o prazo para definir onde e como se dá esse processo será 31 de agosto.

Sem os leitos para cuidados paliativos, os pacientes oncológicos são atendidos pelos hospitais gerais e especializados em serviços inadequados para a gravidade de seu estado de saúde.

Um exemplo acontece no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa, onde os sete leitos desse tipo são insuficientes para a demanda. “O problema termina por superlotar nosso setor de urgência”, garante o diretor técnico da unidade, o oncologista Fernando Carvalho.

Ele revela que os pacientes com câncer são constantemente discriminados nos hospitais gerais e mesmo quando apresentam problemas não ligados ao câncer, são obrigados a buscar atendimento nos serviços especializados.

No Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, o diretor geral, Geraldo Medeiros, relata que sem os leitos para cuidados paliativos, o Hospital da FAP, a referência em oncologia em Campina Grande, termina enviando para a unidade, pacientes para realizar procedimentos simples, gerando uma ocupação de leitos que deveriam ser destinados a pacientes vítimas de traumas e de outras emergências médicas.

“De 8.500 pacientes que atendemos mensalmente, cerca de 300 são oncológicos e não deveriam estar no Trauma”, garante o diretor geral.

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Jornal da Paraíba

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