VIDA URBANA
Faltam vagas nas escolas públicas
Escolas públicas bem localizadas e com melhores índices de qualidade já encerraram matrículas.
Publicado em 17/01/2012 às 6:30
As matrículas na rede publica de ensino serão encerradas em João Pessoa no dia 31 deste mês. A menos de 15 dias para o final do período já faltam vagas nas principais escolas públicas da capital. Os colégios que estão bem localizados e que apresentaram os melhores índices de qualidade de ensino, em pesquisas feitas pelo Ministério da Educação, já atingiram a capacidade máxima de alunos e encerraram as matrículas.
Um cartaz fixado na entrada da Escola Estadual de Ensino Fundamental Argentina Pereira Gomes, localizada na avenida Camilo de Holanda, no Centro, indica que não há mais vagas no local. O diretor da instituição, José Geraldo Cruz, explica que foram abertas 160 novas vagas no colégio, mas houve a inscrição de 380 alunos.
A procura foi motivada pelo bom desempenho da escola, obtido em avaliações feitas pelo Ministério da Educação. Segundo o diretor, a Argentina Pereira Gomes obteve nota 4,8 no Índice de Avaliação do Ensino Básico (Ideb), um resultado considerado positivo já que a pontuação máxima concedido pelo exame é 6,0.
Além disso, ele atribui a alta procura à localização. “Estamos no Centro, num local onde passam várias linhas de ônibus.
Recebemos inscrições de estudantes de Bayeux e de vários bairros de João Pessoa, mas não temos condições de acomodar esse número de estudantes, por isso, fizemos uma seleção com base na análise do currículo escolar dos candidatos e endereço. Demos preferência a quem mora mais perto da escola”, detalhou.
No Instituto de Educação da Paraíba (IEP), a realidade é parecida. O local oferece aulas do ensino médio e do curso pedagógico. No entanto, algumas turmas já estão com as matrículas encerradas. Só há vagas para o 1º ano do ensino médio e do curso pedagógico para o turno da manhã e para o 3º ano do ensino médio para o período da tarde.
“Os alunos que não conseguem vagas aqui estão sendo encaminhados para outras três escolas que ficam no Centro.
“Nenhum pai de aluno está ficando desamparado”, garante a vice-diretora da escola, Karla Macedo de Souza.
Os estudantes que não conseguiram vagas nessas unidades estão sendo encaminhados a outras escolas que ficam nos mesmos bairros em que moram. No entanto, os conselheiros tutelares afirmam que os colégios indicados ficam longe das casas dos alunos. Eles temem que a distância cause evasão escolar.
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