VIDA URBANA
Família quer explicação de hospital para morte de bebê em gestação
Na véspera do Dia das Mães, mulher recebe notícia de que perdeu filho. Ela teve alta do Cândida Vargas, em JP, há uma semana, mas passou dias se queixando de dores.
Publicado em 08/05/2010 às 19:24
Karoline Zilah
Com informações de Laerte Cerqueira, da TV Cabo Branco
Na véspera do Dia das Mães, uma mulher que estava prestes a dar à luz a seu quarto filho recebeu a última notícia que imaginava ouvir: ela descobriu que o bebê estava morto antes do parto. O diagnóstico de Maria do Carmo da Silva, de 42 anos, foi dado neste sábado (8) no Instituto Cândida Vargas, em João Pessoa. Porém, mesmo sabendo da situação, a equipe médica declarou que não é recomendável fazer uma cirurgia cesariana para retirar o feto.
Em estado de choque, o pai Inaldo da Silva quer saber se houve erro em algum dos hospitais. Isto porque Maria do Carmo passou três dias internada em João Pessoa há cerca de uma semana, mas foi liberada. Ela teria sentido dores durante todos estes dias, segundo o marido da gestante, o que leva a família a crer que o bebê já estivesse morto há mais dias. Somente hoje de manhã, em Itabaiana, durante os últimos exames antes de se submeter ao parto, os médicos verificaram que o bebê não estava vivo.
A direção da maternidade municipal em João Pessoa, para onde a gestante foi encaminhada neste sábado, não soube informar os procedimentos adotados da primeira vez que ela esteve internada porque só vai ter acesso aos prontuários na segunda-feira (10).
Entenda o caso
Maria do Carmo estava grávida de cerca de 34 semanas, o equivalente a oito meses de gestação. Ela, que mora em São José dos Ramos, no Brejo paraibano, sofreu perda de líquido há cerca de uma semana e passou três dias internada em João Pessoa. No sábado passado, a equipe média avaliou que ela não estava em trabalho de parto e a mandou de volta para Itabaiana.
Tudo estava pronto para a chegada deste bebê que seria o quarto filho. Inaldo, o pai, havia acabado de comprar o berço do bebê quando Maria do Carmo passou mal e precisou procurar o Hospital Regional de Itabaiana. Segundo a assistente social Aline Rocha, os exames mostraram que o coração do bebê não estava batendo, por isso foi necessário fazer a transferência da paciente para João Pessoa. "Ela estava grávida de 34 semanas. Não estava nem em tempo de ter o bebê de parto normal", comentou.
Nesta tarde, de volta ao Cândida Vargas, uma ultrassom confirmou que a criança já estava morta desde manhã. De acordo com o hospital, a mulher está em observação recebendo medicação para que o aborto do bebê seja espontâneo.
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