Família recebe aviso da execução de adolescente através do celular

Mais um corpo foi encontrado na periferia de Campina Grande na tarde da última segunda-feira. Jean Carlos Souza, 18 anos, estava desaparecido desde o último domingo e moradores encontraram o corpo dele em um matagal entre o bairro Bodocongó III e a zona rural do município.

De acordo com o delegado Francisco de Assis, o crime pode ter sido uma execução relacionada ao tráfico de entorpecentes, pois a vítima seria usuária de drogas. A família revelou para a polícia que recebeu uma mensagem de celular informando que “já mandei Jean pro inferno”.

A polícia foi acionada e o corpo tinha duas perfurações de tiro na cabeça. No bolso do jovem, havia uma pequena quantidade de maconha. Quando era adolescente, a vítima já havia cumprido internação por posse de drogas no Lar do Garoto, em Lagoa Seca. A perícia acredita que Jean tenha sido executado à queima-roupa, por volta das 13h de segunda-feira.

Os policiais voltaram à cena do crime durante todo o dia de ontem para colher depoimentos que devem auxiliar nas investigações. Acredita-se que o agressor conhecia a vítima e a família.

“Não temos nada ainda. O local é deserto, quase sem residências por perto e praticamente na zona rural. Ele foi morto lá mesmo, com dois disparos na cabeça. A execução é nossa única certeza, provavelmente porque ele seria usuário de drogas.

A família estava em choque e não deu informações relevantes. Vamos continuar ouvindo as pessoas relacionadas à vítima para tentar estabelecer uma linha de investigação”, disse o delegado de homicídios Francisco de Assis.

A polícia ainda não tem pista dos suspeitos de outro assassinado, ocorrido na tarde de domingo, na periferia de Campina Grande. O crime também estaria relacionado ao tráfico de drogas, no bairro do Novo Cruzeiro. A vítima permanece sem identificação.